7 - A ideia de Derek

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DEREK

 Era isso. Espero mesmo que ele queira ir. Não vou mandar mensagem e nem avisar, senão aposto que Max vai negar ir por causa dos estudos dele. Consegui estudar um pouco, porém foi o suficiente. Não mandei mensagem, não avisei. Apenas saí de casa, a pé dessa vez.

 Eram umas oito horas da noite. A noite estava fria, mas o céu estava todo estrelado. Adorava observar as estrelas. As ruas estavam silenciosas, não morávamos no centro. Fui ouvindo música com meus fones de ouvido e finalmente cheguei na casa de Maxwell. 

Toquei a campainha e com a outra mão tirava os fones do meu ouvido. A casa estava toda acesa, inclusive o seu quarto. Dava pra ver aqui de baixo. 

Estava usando uma jaqueta college azul, uma camisa branca por baixo, tênis e calças jeans, ambas da cor azul também pra combinar com a jaqueta. Era cismado com a roupa que vestia. Talvez tivesse um pouco de toque. Adorava estar combinando nas cores.

Uma moça muito linda atendeu a porta e sorriu pra mim.

— Boa noite.

Eu fiquei muito surpreso com os seus olhos. Eram os mesmos de Max. Foi aí que tive certeza que era a mãe dele. 

— Boa noite! — Sorri de volta, depois de ter me recuperado da surpresa. — O Max está? É o... amigo dele, Derek.— Soava estranho dizer que eu via Max como amigo. 

— Ah sim, querido. Só um momento que vou chamá-lo. 

Continuava sorrindo e acenei com a cabeça, colocando as mãos nos bolsos da minha jaqueta. Esperei cerca de dois minutos e lá estava ele, de pijama, abrindo a porta e me olhando com aquele olhar de surpreso. 

— Derek? 

— O próprio. — Eu falei e fiz reverência, brincando. — Prazer em vê-lo, senhor Holmes. 

Um riso escapou dele enquanto posicionou a mão em frente a boca. Com a outra, estava segurando a porta. Não tinha a aberto totalmente. Provavelmente estava se escondendo por estar de pijama. 

— Eu... tava estudando. — Ele disse, ainda mantendo a mesma posição. 

— Tá se escondendo de mim? — Falei brincando e sorri, inclinando a cabeça pro lado pra tentar vê-lo atrás da porta. Acabou que ele a fechou um pouco mais.  — Calma, Max! 

— Não sei se percebeu, mas tô de pijama. — Max avisa, sem segurar o sorriso.  —  Você nem avisou que vinha aqui em casa, estou despreparado. 

— Ficamos de resolver a questão do parque de diversões, lembra? 

— Derek, eu queria muito, mas...

— Querido, tá tudo bem aí? — Ouvi a voz da mãe de Max vindo lá de dentro da casa, abafada. — Por que não convida seu amigo pra entrar? 

— É a sua mãe, né? Ela tem seus olhos. — Falei. Max corou pela milésima vez. 

— Calma, mãe. É rápido. — Max falou com ela ao virar a cabeça pra trás. Logo depois voltou a me olhar e recomeçou. 

— Derek, preciso estudar. Estou muito inseguro com as provas e tenho medo, porque...

Eu segurei a sua mão pela fresta. Ele parou de falar e eu senti como se um fio dentro de mim estivesse descarregando energia da minha mão por todo o meu braço, subindo até o ombro e depois se espalhando pelo resto do meu corpo todo.  

Encontrei palavras. 

— Max, fica tranquilo.  Prometo que duas horas não vão te fazer mal. Você vai gostar. Eu te prometo.

Eu escolho ele (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora