24 - Onde o destino leva

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DEREK

"Pressionado contra o meu travesseiro, como o sol de inverno envelhecendo
Apenas pra acordar toda manhã e lembrar que você se foi
Então eu me afasto novamente para o inverno que pertenço."

- "Winter Bird", Aurora

Cerca de dois dias depois do funeral, tudo o que eu consegui ter comido foi um purê de batata na manhã de hoje. Eu me sentia fraco, tanto física quanto psicologicamente, sem forças pra nada. Meus amigos tentavam me ligar, mandar mensagem, mas eu não respondia. Bruno foi até a minha casa, mas eu não tive forças pra responder ou levantar da cama. Tudo o que eu fiz foi atender as ligações dos meus pais quando eles tentavam contato, pra eles não ficarem mais preocupados ainda.

Mais tarde, tomei coragem e finalmente consegui almoçar de verdade. Logo depois, tomei uma vitamina de frutas pra tentar ganhar mais forças ainda. À noite, liguei para a senhora Holmes.

— Oi, senhora Holmes. É o Derek...

— Oi, querido. Como está indo?

— Muito mal... muito mal mesmo. E a senhora? Estou ligando pra saber. Eu imagino que estão péssimos, afinal, vocês são os pais, mas... eu queria poder ajudar de alguma forma.

— Ah, meu bem, você é muito gentil. Eu tenho certeza que foi feito pro Max... mas... — ela começou a chorar.

— Dona Maria, está tudo bem. Eu sei disso também. — dizia, me emocionando também. — Eu queria casar com o seu filho. 

— É? — ela soltou um leve riso. — Isso seria lindo.

— É, seria... eu o amava muito. 

— Eu sei disso, meu amor. — ela respirou fundo. — Mas estamos fazendo o que a gente pode. Estamos tentando ter forças pra superar isso. E queremos descobrir quem é o culpado dessa série de assassinatos. Isso não é justo.

— Eu não vou descansar até que eu descubra, tá bom? Nem que seja a última coisa que eu faça. — afirmei.

— Só tome bastante cuidado, Derek, isso é muito sério...

— Sim, eu sei. 

— Já avisei ao lugar em que ele tinha começado a estagiar, eles disseram que sentiam muito e que Max ia fazer falta. Estava orgulhosa por ele ter começado a trabalhar...

Eu não tive palavras pra responder, então ela voltou a falar: 

— Escuta, você está com a câmera de Max?

— Eu? — perguntei, surpreso. — Não... por que? Ela não está aí?

— Não, ela sumiu. Queria muito encontrá-la. 

— Nossa... ele deve ter perdido então.

— Nós achamos que ela foi perdida durante o crime. 

— Então... — comecei a pensar. — Então o assassino deve ter pegado a câmera dele. Ele deve ter levado ela quando foi me visitar na clareira e deve ter perdido...

— Você tem razão.

— Seja o que for, nós vamos encontrar essa câmera também, tudo bem?

— Tudo bem, meu amor, obrigada pelo conforto. Qualquer coisa que precisar, estamos aqui. Precisamos nos ajudar o máximo que pudermos. 

— É, eu sei... digo o mesmo, tá? Boa noite.

— Boa noite, querido. Fica com Deus.

 No dia seguinte, mantive a alimentação básica do dia anterior, mesmo forçadamente. Tomei coragem pra sair de casa e fui até a faculdade, mas apenas pra trancar a minha matrícula. Só Deus sabe quando e se eu iria voltar às aulas de fotografia. 

Eu escolho ele (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora