capítulo 4

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Cabelos ruivos naturais, com ondulações naturais, de um alaranjado puxado pro vermelho dando um contraste incrível que iam até o meio das costas, em suas bochechas e nariz sardas em alta quantidade, olhos azuis piscina que faziam qualquer um se perder ali.

Sobrancelhas do mesmo tom dos cabelos e cheias, sua boca rosada e carnuda, a pele branca, estatura mediana, magra, não tem seios fartos, nádegas idem. Mas suas pernas chamava muita atenção, Agatha era realmente linda! Na época de escola não era popular porque não queria, sua personalidade forte era  confundida com rebeldia. Agatha sempre fora muito focada aos estudos e lia variados livros de mistério/suspense, ela só teve um namorado, agora seu marido e pai da pequena Júlia de 4 anos.

Agatha estava sentada em sua cadeira da mesa do escritório no departamento olhando o retrato onde estava ela, seu marido Artur, e a pequena entre os dois, os três muito sorridentes, Júlia era parecidissíma com a mãe, mesmo olhos, mesma sardas, e mesmo cabelos, só que com cachinhos encantadores dando um aspecto mais fofo, Agatha sorriu olhando a pequena que ria abraçada aos pais na fotografia e esse sorriso se desfez quando lembrou o quanto seu trabalho era perigoso, que um dia colocou a pequena Júlia em perigo quando um maníaco por ruivos a sequestrou na saída da creche se passando pelo Artur que acabou se atrasando por culpa do trânsito, Agatha responsável pelo caso fez de tudo para encontrar a menina, ela não queria demonstrar o quanto ficou abalada por que sabia que o maníaco chamado Marcus Colins queria aproveitar dessa terrível coincidência, Agatha respirou de alívio sabendo que conseguiu captura-lo e ter salvo sua filha sem nenhum arranhão, mas Agatha acabou levando um tiro no ombro, logo ficou boa. Esse caso foi uma dos mais famosos na tv, só se passava isso, e aumentou ainda mais a reputação da detetive, Agatha lembra, foi há dois anos atrás e zela pela segurança da pequena desde então, ensinou Artur a atirar e o mesmo começou a trabalhar em casa.

Agatha levantou foi até um armário cinza, de metal e pegou uma pasta escrito "Caso Clarisse" em negrito, "Vamos lá" pensou, voltou a sentar em sua confortável cadeira, abriu a pasta olhou a foto de Clarisse pela terceira vez, ela era uma garota linda! Cabelos castanhos escuros, olhos verdes claros, bochechas rosadas naturalmente, lábios finos e rosados, direcionou seu olhar para próxima fotografia, a foto do corpo dela na autópsia, leu o relatório, olhou a fotografia de novo, viu as marcas de dedos no pescoço da vítima, agora mais visíveis, Agatha lembrara que quando foi a cena do crime os hematomas eram poucos vistos, e como ela perdeu muito sangue por causa da hemorragia causada pela facadas, as marcas apareceram muito mais depressa e isso facilitou de certa forma, pequena parte que fosse, o trabalho de Agatha.

Ela leu o relatório, observou atentamente, querendo captar e guardar cada palavra, ela avaliou o que a médica legista escreveu, cinco facadas consecutivas no abdômen, fora o estrangulamento. Agatha bufou, abriu a segunda gaveta de sua mesa para pegar seu grampeador e viu que ali havia uma foto, nela estava Agatha e Artur sorrindo para câmera, os braços de Artur estavam na cintura de Agatha, eles já tinham dezenove anos, ela queria comprar um outro porta-retrato para assim colocá-la perto do retrato onde havia ela, Artur e a pequena Júlia, mas com tantos casos ultimamente que acabou esquecendo de comprar um novo, Agatha fixou seu olhar para a fotografia e quase como instantâneamente lembrou do dia em que o conheceu.

Agatha e Artur se conheceram desde do colegial quando tinham 15 anos, ele mais velho a meses, se viram pela primeira vez em uma das "grandes" prateleiras da biblioteca da escola, ele a viu concentrada num livro específico, ele já tinha lido e era seu favorito, usou isso ao seu favor para começar uma longa prosa com a belíssima ruiva, e deu certo, pois quando os olhos cor de mel encontrou aqueles azuis piscina, se apaixonou no mesmo instante e para favorecer e encher de alegria o coração do garoto de cachos pequeninos e castanho claro, o sentimento era recíproco, o mistério era o que eles tinham e tem em comum assim como o gênero do livro em que Agatha lia. Naquela mesma tarde de quinta-feira o mesmo a chamou para sair com ele na noite de sexta, ela disse sim e ficou encantada ainda mais quando viu brotar no sorriso do garoto duas magníficas covinhas.

Agatha guardou a foto novamente na gaveta e se endireitou sua postura na confortável cadeira, ela e Artur estão juntos há dezesseis anos e ainda são muito apaixonados, o amor entre os dois é bem forte e se intensificou ainda mais quando a pequena e fofa Júlia nasceu, nunca deixaram o trabalho o abalarem, principalmente o de Agatha, mesmo depois do episódio do sequestro de Júlia, eles se amavam e amam muito. Absorta em seus devaneios, Agatha tem um pequeno susto ao ouvir batidas discretas na porta.

—Entre —pediu.

—Desculpe incomodá-la Agatha, mas entramos em contato com um amigo da vítima do caso Clarisse —a recepcionista do departamento disse timidamente, Agatha já se acostumara com a timidez da garota.-Ele se nomeia por  Brian Turner, ele veio depor.

—Obrigada Cris, mande-o entrar.
-Claro —Cris fechou a porta com cuidado.

Agatha olhou o relógio, faltava uma hora e meia para seu expediente chegar ao fim, em seguida ligou para Artur dizendo que ia se atrasar e terminando por dizer que o amava-o, ele retribuiu o gesto, encerrou a ligação e batidas na porta se iniciaram, o trabalho ainda não terminou...










★O Assassinato de Clarisse West★Onde histórias criam vida. Descubra agora