epílogo

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Steven West não queria ser defendido, ele queria ser preso, ponto. Ele facilitou muito as coisas e deixando os funcionários da delegacia incrédulos com a naturalidade em que confessava o crime, Agatha estava presente no depoimento dele, era ela quem o interrogava, junto dele havia o senhor Green e outros dois policiais.

Ele confessou tudo.

Ele era um sociopata, pessoa cujo comportamento é antissocial, a inveja e o ódio que tinha pela irmã o fez  mata-la, foi ele que matou seu bebê, ele completou que eram para morrer os dois, mas ver sua irmã sofrer pela morte de um feto era melhor ainda, e, quando deu um ano depois desse acontecimento escolheu a melhor data para mata-la, 13 de abril.

Havia inveja, houve ódio, quando o cara que ele gostava cujo nome é Brian, não dava a mínima para ele e ainda engravidou sua irmã e a amou de tal maneira que fazia seu ódio crescer ainda mais,  clichê de fato, mas também uma grande lição de que seu inimigo pode ser até seu próprio irmão ou outros familiares, enfim, quem você mais confia.

Sua sentença foi ficar internado pelo resto da vida em um hospício, ele não esboçou nenhuma reação, ele apenas sorriu.

Agatha tomou um copo de vodka como sempre toma quando encerra um caso, saiu de sua sala, olhares em admiração e tamanha devoção se fez presente, junto com um silêncio, alguém ligou a tv na sala de recepção enquanto Agatha estava passando para ir novamente pra aquele lugar, ela se limitou a olhar para a recepcionista Cris que deu um sorriso discreto e fez um balançar de cabeça direcionando para a tela da tv, Agatha seguiu o gesto.

Era um telejornal que estava passando, falava sobre o assassinato de Clarisse West e quem é o assassino, e óbvio quem descobriu tudo isso, uma foto de Agatha estava estampada na tela e o jornalista parabenizando seu excelente trabalho, algumas pessoas que estavam na recepção direcionavam seus olhares para a detetive de pé perto da saída, ela apenas sorriu e foi embora, entrou no carro e seguiu para o cemitério, havia dois arranjos de flores no banco do carona, flores de diversas cores que enchia os olhos.

Se caminhou para uma lápide específica, a de sua mãe, foi morta por latrocínio, Agatha encontrou o bandido que está preso até hoje e irá ficar por mais alguns anos, seu pai havia tido um começo de depressão ela logo o ajudou a sair dessa e hoje ele mora muito perto dela, ela leva Julinha para ele vê-lo e os dois são super apegado um com o outro e ela fica super feliz com isso já que por parte de Artur seu pai já é falecido sobrando assim o pai de Agatha e a mãe de Artur, uma doce senhorinha que puxa saco da nora.

Deixou o arranjo ali e caminhou para uma outra lápide um pouco distante, era a de Clarisse, deixou o arranjo junto com os demais e teve um momento de silêncio.

— Sinto muito, Clarisse— se agachou ali e acariciou a lápide com se fosse o cabelo dela, a última vez fez isso foi no necrotério onde a médica legista falava sobre os ferimentos, Clarisse estava ali, morta.— Sinto de verdade, você e seu bebê não mereciam isso. É por pessoas como você que me fazem seguir em frente e amar ainda mais a minha profissão, descanse em paz, querida.

Se virou e foi embora sem olhar para trás, seu celular apitou indicando uma nova mensagem, era de Jack, avisando que teria mais um dia de folga e não esqueceu o que ela fez para encontrar a última prova, Agatha sabia  que ele estava blefando, havia esquecido sim! Foi para casa para aproveitar a família que lhe aguardava.

O carro estava parado no sinal vermelho, estava próxima da faixa de pedestre e um cara de mais ou menos trinta anos estava passando quando um motorista do outro lado da faixa passa descontroladamente e atira no cara que estava na faixa, o criminoso dentro do carro não estava mais ali, foi embora deixando o homem no chão, Agatha sai do carro e tenta acalmar o telespectadores que estavam dentro do carro, agora fora e assustados, Agatha Christie chega perto do corpo inerte e tenta sentir o pulso, nada, o rapaz está morto, ela apenas fecha os olhos do rapaz, se levanta liga para ambulância em seguida para Jack.

— Jack, sou eu, Agatha, temos um novo caso!— ela apenas encerra a ligação sem esperar senhor Green se pronunciar.





Agatha até tenta, mas é inevitável recusar quando o mistério bate na porta.




















                          FIM!

★O Assassinato de Clarisse West★Onde histórias criam vida. Descubra agora