Da janela da casa ela sonhava com o mundo lá fora, imaginava como era a vida das pessoas que passavam.
Da janela da casa ela observava o tempo, a chuva cair no relento.
Da janela da casa ela sentia a brisa suave em seu rosto, sempre observando a dança das árvores ao vento.
Da janela da casa ela via o nascer do sol, o show da natureza ao amanhecer.
Via carros correndo contra o tempo, pessoas sempre com pressa.Da mesma janela ela vivia uma vida cheia de fábulas, pensava que aquela janela era sua fortaleza; de certo modo, por algum tempo foi.
Certo dia mesmo com todo medo, ela decidiu viver de fatos. Saiu da janela pela primeira vez, foi numa noite de setembro. Me lembro como se fosse hoje, que por mais ou menos, duas, talvez três horas no máximo, estremeceu, e mais que depressa voltou para sua janela.
Experimentou isso por algum tempo, até que alguém, de longe, percebeu a inocência.
E na sua essência inocênte, ela era com uma criança que vai a primeira vez na praia e tem medo do mar, quando vem a primeira onda ao seu encontro, o pequeno ser corre para perto dos pais e de lá fica a observar.Aquele alguém então se aproximou, e a avisou que estar no mundo é como brincar de gangorra, ás vezes você estar lá em cima e outras lá em baixo.
Informou que viver a vida é como andar de bicicleta, no início se machuca, mas levanta e continua.
Ensinou que sair da janela seria um desafio, mas valia a pena assumir o risco."Sai dessa janela, se lança ao mar da vida, é bravio, mas você deve ser corajosa. A vida não foi feita para se desperdiçar, mas para você aproveitar cada momento. Pare de ver o tempo passar, você precisa viver."
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Pensamentos
PoesíaAlgumas citações, alguns pensamentos que não falamos e decidimos escrever para não sufocar com palavras que nunca serão ditas, mas que com toda certeza sempre serão sentidas.