Eis que uma nova semana se inicia e com ela temos Pierre e Chantal.
Quem estava com saudade? Quem está amando essa história?
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Vocês já perceberam que minha escrita a partir de Sem Vida, tornou-se mais pautada na construção do amor, dos sentimentos, das relações entre as pessoas.
Alguns podem chamar isso de clichê, principalmente os que não sabem o real uso da palavra. Mas, a verdade, é que a vida deve ser contada como ela é, e por isso, meus personagens levam à vocês reflexões sobre suas próprias maneiras de agir e enxergar o mundo e as pessoas à sua volta.
Isso é maravilhoso, é algo que me enriquece, ainda mais, como escritora, e tento passar um pouco disso à vocês através de minhas histórias.
Muito obrigada, por estarem aqui e dividirem esse prazer comigo.
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Chantal
Assim que ele entra começa a observar tudo ao seu redor novamente, ele fica parado por muito tempo olhando cada porta retrato e cada bibelô. Eu paro ao seu lado antes de seguir para a cozinha e começo a explicar os momentos de cada foto.
— Essa sou eu, com cinco anos. — Aponto para a foto onde estou segurando meus cabelos divididos ao meio, ergo para o alto cada lado do rabo de cavalo, ao mesmo tempo que estou sentada na bicicleta minúscula entre minhas pernas.
— Essa é minha avó e eu com doze anos.
Nessa foto estamos as duas sentadas no jardim de frente a nossa casa, eu seguro um picolé nas mãos e minha avó segura outro, tanto eu quanto ela sorrimos tão abertamente que é possível contar todos os dentes em nossa boca apenas pela imagem.
Pierre assente em silêncio e agora observa as fotos onde eu já estou mais velha.
— Essa sou eu e minha turma da escola, ao meu lado estão Henri e Mirelle, tínhamos por volta de dezesseis ou dezessete anos, não me lembro ao certo. Mirelle você sabe quem é, ela também trabalha no café.
— Vocês são muito amigos? — Pierre pergunta, ao apontar para mais umas duas fotos na parede onde divido com Henri.
— Sim, nós éramos muito mais na adolescência, depois Henri foi embora, e voltou não tem muito tempo.
E, finalmente, ele deixa de olhar as fotos e aponta para casa.
— Sua avó, onde está?
Suspiro e olho ao redor junto com ele, essa casa é tão viva, é possível senti-la em cada canto, cada detalhe, cada aroma, cada flor.
— No hospital.
Pierre não diz nada, mas tem um olhar investigativo, e mesmo sem perguntar, sei que ele quer saber mais.
— Ela teve uma AVC quatro meses atrás e desde então está lá.
— Sinto muito.
Eu balanço minha cabeça sem ter muito mais o que dizer.
— É para lá que você vai toda vez que sai?
— Toda vez que saio? — investigo, na maioria das vezes eu saio e não o vejo, como ele sabe toda vez que eu saio?
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SEM CAMINHO (Amazon e Físico no daniassis.com.br)
Romanzi rosa / ChickLitCompleto na Amazon e Livro físico no site www.daniassis.com.br Pierre sofre um grave acidente de carro que resulta em marcas profundas que ultrapassam as visíveis em sua pele. Desde então, coberto por cicatrizes, Pierre esconde seu corpo e, sobretud...