A semana que passou eu não fui para a escola e não sai de casa. Paty copiava os exercícios para mim e estudávamos a matéria que era dada no dia. A única coisa que me deixou feliz é que eu tirei a tala do braço no sábado.
Quando chego do médico, Paty está em casa me esperando.
- Vou ter que ficar na minha casa hoje, minhas primas vieram, então terei que fazer companhia a elas, você pode ficar na minha casa.
- Fica tranquila vou ficar bem – falo rindo.
- Outra coisa, não quis tocar no assunto antes, mas Alexandre está preocupado com você.
- Ele vai me esquecer – ele tem que me esquecer penso.
- Acho meio difícil, mas a esperança é a última que morre – Paty fala pegando suas coisas e conclui – Você tem certeza de que vai ficar bem?
- Tenho qualquer coisa eu te ligo.
Ela se despede e eu fico a tarde inteira na internet, depois faço algo para comer e vou tomar um banho, coloco meu pijama, pego o livro "Lua Nova" e começo a ler, olho no relógio já passa da 23:30h, resolvo dormir quando alguém toca a campainha.
Desço para ver quem é, quando abro a porta, vejo Alexandre bêbado apoiado no Eduardo.
- O que significa isso?
- Não vi você essa semana! Então, resolvi te ver hoje – Alexandre mal consegue falar direito.
Eduardo foi entrando e coloca o Alexandre no sofá da sala, noto que o Alexandre já está apagado, fecho a porta e olho para o Eduardo.
- Acho que vou fazer um café, porque vocês estão precisando – falo indo para cozinha.
- Eu garanto que estou sóbrio não coloquei uma gota de álcool na boca.
Não dou muita atenção, coloco água na cafeteira e arrumo a mesa com algumas bolachas, enquanto isso o Eduardo fica de pé encostado no balcão da cozinha me observando. Coloco o café na térmica e lembro da mãe do Alexandre, eu pego o telefone.
- Qual o número da casa do Alexandre?
Ele me passa o número, se senta na mesa e fica me olhando.
Celina atende o telefone.
- Aqui é Fabiana, estou ligando para avisar que Alexandre bebeu um pouco, mas ele está bem – olho na direção do sofá e reparo que ele está totalmente desmaiado – ele vai dormir aqui.
- Obrigada querida, por me avisar fico mais tranquila sabendo que ele está com você, e o Eduardo?
- Ele está aqui também – olho para ele e vejo que ele continua me encarando.
- Fala para ele, que eu mando um beijo.
- Ok eu falo – desligo o telefone e coloco em cima do balcão.
Caminho na direção da mesa.
- Você é sempre assim?
- Assim como? – devolvo a pergunta para ele.
- Você sempre se preocupa com as pessoas? – ele continua me encarando, isso já está me irritando.
- Acho que sempre pensei mais nas pessoas do que em mim mesma – falo me sentando e tentando não olhar nos olhos dele.
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A existência de um amor
RomanceÉ incrível como uma pessoa consegue passar despercebida durante 4 anos em uma escola, essa pessoa sou eu, Fabiana uma garota de 15 anos que morava em uma cidade pequena, chamada Pedra Azul onde todos se conhecem. Meus pais são separados, como toda s...