LOUCURA - PARTE 2

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O farol do carro começa a se aproximar até parar na minha frente, a porta se abre e o Eduardo desce do carro e vem até a mim, fico parada olhando para ele, ele me abraça e fala.

- Você está toda molhada - ele me pega no colo e me coloca dentro do carro.

Como é bom sentir aquele braço, aquele cheiro, o Eduardo pega o celular digita algo e fala.

- Paty, encontrei ela, está tudo bem - ele fala me observando.

Eu fico sentada, não querendo falar ou sentir nada, apenas queria não existir, só queria que as minhas lágrimas parassem de cair.

Eduardo desliga o celular e me abraça.

- Fiquei com medo de ter acontecido algo com você, nunca mais faça isso - ele levanta meu rosto fazendo eu olhar nos olhos deles - Você está chorando - ele limpa minhas lágrimas.

Me afasto dele porque a lembrança da Paloma está viva na minha memória.

- Acho melhor você me levar pra casa - abraço minhas pernas.

- Fabiana, o que está acontecendo? - ele parece sério e preocupado.

- Acho melhor eu ir embora - falo saindo do carro e começo a correr.

Eduardo liga o carro e vem atrás de mim, ele para o carro do meu lado descendo, ele me abraça e me beija, fecho meus olhos, como desejava aquilo. Por quanto tempo eu o teria? Até chegar na escola? Até o Alexandre aparecer? me afasto.

- Por que você está fazendo isso? - falo dando as costas para ele - Você tem namorada, deveria respeitar ela, Paloma não merece isso - falo me sentindo mal por ela.

- Eu não a amo e você sabe disso - ele me faz virar.

- Eduardo, a gente - começo a chorar - Não podemos, você sabe disso, Alexandre nunca deixará ninguém se aproximar de mim e não quero que você magoe Paloma - olho para ele - Só quero que você me leve embora.

Eduardo olha nos meus olhos.

- Você não vai mudar de ideia, vai?

- A minha decisão já está tomada.

- Só me diga uma coisa - ele me segura pelo ombro - Você ainda me ama?

- O que isso adiantará?

- Só me diga isso eu prometo que te deixo em paz - ele olha nos meus olhos.

- Eu nunca te esqueci - falo me soltado dele e entrando no carro.

Eduardo entra no carro e ficamos calado até chegar em casa, Paty vem correndo e me abraçar.

- Amiga, nunca mais faça isso - ela fala aliviada.

- Desculpa - falo olhando a Paty e o Paulo.

- Acho melhor vocês dois tomarem um banho, vocês estão ensopados - Paulo fala sério.

- Eduardo você toma banho no quarto do pai da Fabiana - Paty fala pegando uma toalha - Paulo vai buscar algo para o Eduardo vestir.

- Tudo bem, eu já volto - Paulo sai.

- Você vai para o seu quarto tomar um banho também, enquanto isso vou fazer algo pra gente comer - Paty fala me levando para o quarto.

No banheiro deixo a água cair sobre mim, pensando no que farei em relação ao Alexandre, saio do banho vou até a cozinha, todos estão sentados.

Eduardo puxa a cadeira perto dele para eu me sentar, Paty coloca comida no meu prato, eu olho a comida e fico mexendo a comida Eduardo fala.

- Você não vai comer?

- Não, estou com fome - olho para ele.

- Lucas, ligou perguntando de você - Paty fala vendo minha reação.

Afasto o prato e pergunto

- Como ele está?

- Um pouco machucado - Paulo fala olhando para mim.

- Não entendo, por que ele fez isso? - me levanto da mesa - Queria tanto resolver os problemas e parece que faço mais merda.

Eduardo me abraça aproximando sua boca ao meu ouvido.

- Eu te amo, eu quero te fazer feliz.

Me viro para ele.

- Eduardo, como você me fará feliz longe do seu melhor amigo? - me solto dos braços dele.

- Eu não tenho nada a ver com isso - Paulo fala me encarando - Mas o Alexandre não pode ficar no meio de vocês, vocês se amam, ele tem que entender isso.

- O Alexandre é explosivo e além do mais tem a Paloma, ela não merece ser magoada - olho para Eduardo.

Me sento na cadeira, Paty fala.

- Você está pálida - ela vem se sentar do meu lado.

- Acho que preciso dormir bem - falo rindo - Já tive emoção demais - olho para Eduardo ele está com o olhar longe.

- Acho bom você descansar, qualquer coisa estaremos aqui - Paulo fala me dando um beijo na testa.

- Eu vou te acompanhar - Eduardo vem para perto de mim e me segura pelo braço, fomos para o meu quarto.

Na porta do quarto Eduardo me abraça.

- Senti tanto a sua falta.

- Eu também - abraço ele forte, sei que amanhã não teria mais esse abraço - Acho melhor eu ir dormir.

Eduardo me segura e me dá um beijo, acho que nunca beijei o Eduardo daquela maneira, queria guardar aquele momento como sendo o último, entro no quarto, me deito na cama e não consigo dormir, sei que amanhã terei que conversar com o Lucas e com o Alexandre.

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