No outro dia me levanto e vou até a cozinha, preparo um lanche, Paty pergunta.
- Você vai na escola hoje?
- Vou, como as duas primeiras aulas é treino, resolvi comer algo para não passar mal, pode indo na frente, vejo você lá – continuo comendo.
- Acho que devo comentar com você – Paty se sentou na mesa – Ontem o Eduardo levou o Lucas para o pronto socorro, acho que eles devem ter conversado.
- Por que você acha isso?
- Porque a cara do Eduardo e do Lucas não estava das melhores.
- Bem – respiro fundo – Hoje terei que conversar com Lucas e com o Alexandre.
- Então eu vou indo, encontro você lá – Paty sai.
Como meu lanche bem devagar pensando como será a minha conversa com o Alexandre e com o Lucas, coloco meu uniforme e vou para a escola, a hora que chego, já não tem ninguém no portão.
Vou direto para o banheiro me trocar, chego na quadra Sergio vem conversar comigo.
- Fabiana ontem fiquei preocupado com você.
- Eu estou bem professor, eu preciso muito vencer esse concurso.
- Então, você vai dançar com Lucas?
- Não tem por que não dançar.
- Tudo bem – ele fica aliviado.
Lucas está sentado no palco, vou até ele e noto que a sua boca está inchada e com um corte no canto, me aproximo e passo a mão no machucado, Lucas segura minha mão e fala.
- Temos que conversar.
- Acho que agora não é um bom momento.
Lucas olha na direção da arquibancada ri e fala.
- Com certeza, depois da aula eu pego você pra gente conversar.
Concordo com a cabeça, o Alexandre está furioso e o Eduardo fica observando sério. Sergio fala.
- Vamos ensaiar?
- Você ainda vai querer dançar comigo? – Lucas pergunta preocupado.
- Lucas, preciso ganhar, não tenho tempo pra capricho – falo séria.
Começamos a dançar não erramos uma vez, repetimos quatro vezes, antes de me trocar Sergio fica conversando com a gente passando algumas orientações sobre a dança.
No intervalo eu estou de pé do lado da Paty, Alexandre entra me segurando pelo ombro, me empurrando até a parede. Ele parece furioso.
- Aquele beijo que o Lucas te deu significou algo? – ele olha nos meus olhos.
Nunca vi ele daquela forma, olho por cima do ombro dele, vejo o Paulo entrando na frente do Eduardo e a Paloma segurando o braço dele.
- Alexandre, você está me machucando – ele aperta meu ombro com força.
- Eu preciso saber – ele parece desesperado.
- Você sabe que eu não gosto do Lucas – falo.
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A existência de um amor
RomanceÉ incrível como uma pessoa consegue passar despercebida durante 4 anos em uma escola, essa pessoa sou eu, Fabiana uma garota de 15 anos que morava em uma cidade pequena, chamada Pedra Azul onde todos se conhecem. Meus pais são separados, como toda s...