A existência de um amor

ALGUÉM QUE NÃO SOU - PARTE 1

- Algum problema? - Lucas fala segurando o meu braço.

- Nada, só quero sumir daqui – falo subindo na moto.

- Você manda.

No estúdio de dança, Sergio já está esperando a gente, o primeiro passo é escolher uma música, dou a ideia de ser "Apologize" do One Republic, Sergio fica em dúvida.

- Vamos tentar com essa música, pelo menos saberei se vocês terão sincronia ou não.

Sergio passa alguns passos básicos para a gente ver se teríamos sincronia ou não, ele coloca a música e começo a dançar com o Lucas, parece que a gente se conhece há tempo, quando terminamos, Sergio fica encantado.

- Não poderia ser diferente, vocês são perfeitos.

- Gostei de dançar com você – Lucas sorri.

- Eu também.

- Posso te levar para casa?

- Lucas, não precisa. Minha casa fica perto – falo pegando minha mochila.

- Se eu te levar você terá mais tempo para estudar – ele fala pegando a mochila da minha mão.

- Você sempre fala isso?

- Isso o que?

- Ganhar tempo – falo observando-o.

- Digamos que quando eu quero algo eu uso isso a meu favor – ele ri.

Saímos do estúdio, vejo a Paloma e o Eduardo na padaria em frente do estúdio de dança, Paloma acena com a mão, eu aceno de volta, ela faz sinal para a gente ir lá, Lucas segura meu braço.

- Vamos lá.

- Eu não acho uma boa.

- Eles parecem bacanas – ele me guia atravessando a rua.

- E aí, vocês já ensaiaram? – Paloma fala rindo e Eduardo me olha sério.

- Já, tenho que concordar com o Sergio, eu nunca dancei com ninguém que tem a graciosidade de Fabiana – Lucas fala olhando para mim.

- Eu não quero ser grosseira, mas tenho que ir – falo pegando a mochila da mão de Lucas.

- Já falei que te levo embora – ele pega a mochila de volta.

- Ainda é cedo, porque vocês dois não se sentam com a gente, o que você acha Eduardo? – Paloma fala abraçando-o.

- Por mim tudo bem – ele dá um beijo na Paloma.

- Não obrigada, tenho matéria atrasada ainda, vamos? – olho para o Lucas.

- Ok – Lucas se despede e fomos para a moto.

Ele para a moto em frente de casa, eu desço, ele segura meu braço e pergunta.

- Você gosta daquele cara da padaria?

- Lucas, ele tem namorada.

- E o que tem isso? – ele desce da moto – Além do mais, se ele pudesse ele teria me matado ali mesmo.

- Acho que você está ficando louco – falo indo para dentro de casa.

- Você o ama? – ele entra na minha frente.

- Lucas, por que você quer saber?

- Por que quando você dançou comigo senti que você está triste ou estou errado? Sem falar a maneira que vocês se olham.