FORA DE CONTROLE - PARTE 1

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Quero que essa semana fosse sem grandes emoções, pois final de semana será o aniversário do Alexandre e terei que ver um presente para ele, o que me preocupa e a reação dele com o fim do namoro.

No domingo escuto a campainha, a Paty já está de pé, mesmo assim, me levanto para ver quem é, chego na sala e dou de cara com o Alexandre e o Eduardo sentados no sofá, o Alexandre me vê e vem ao meu encontro.

- Princesa, viemos te buscar, vou fazer um churrasco em casa – ele me dá um beijo.

- Eu não me lembro de termos combinados algo para hoje – falo confusa.

- A gente não combinou, resolvi de última hora, o Paulo está esperando a Paty lá em casa.

Olho para a Paty.

- Tudo bem, vou me arrumar – saio da sala.

- Vou com você – Paty fala.

No quarto eu falo.

- Paty, pensei que íamos escapar do Alexandre hoje.

- Não se preocupe eu e o Paulo estaremos perto.

Trocamos de roupa e fomos para casa do Alexandre, no carro o Alexandre vai segurando minha mão, quando chegamos lá a mãe do dele vem ao nosso encontro, ela me abraça.

- Estou feliz por você estar aqui.

- Eu também – retribuo o abraço.

- A sogrinha gosta mais de você do que do filhinho – Alexandre abraça a mãe.

- Alexandre não seja bobo – a mãe dele dá um beijo no rosto dele.

- Vamos entrar – Paty fala pegando no meu braço.

Fomos direto para a churrasqueira, a Paloma está sentada conversando com o Paulo, cumprimentamos eles, e o Alexandre começa a preparar a churrasqueira, a mãe dele me segura pelo braço me guiando até a mesa perto da piscina.

- Alexandre está feliz com o namoro – ela olha para o filho.

- É parece que ele gosta muito de mim – falo vendo-o com a cerveja na mão – Celina posso fazer uma pergunta?

- Pode.

- O Alexandre sempre foi de beber bastante? – olho para a Celina

- Ele começou beber aos 14 anos, eu achei cedo, só que o meu marido falava que ele é homem e tinha que começar cedo, o Eduardo uma vez comentou comigo que o Alexandre precisava de tratamento, mas meu marido falava que ninguém precisava saber o que se passava em casa – ela olha para o copo que está em sua mão com o olhar perdido em algum lugar do passado que eu não sei qual é, segurei a mão dela e ela continuou a falar.

- Depois que o pai dele morreu, ele começou a beber mais, sem falar que de vez em quando pego ele fumando, mas acho que essa fase vai passar, ainda mais ele estando com você – ela dá sorriso triste como se quisesse realmente acreditar nisto.

- Espero que sim, gosto muito dele – só que como amigo, mas isso teria que ficar só para mim, por enquanto.

- Ele está todo empolgado com o aniversário dele – Celina comenta eufórica.

- Ele falou, também não é sempre que se faz 18 anos – eu ri.

- Vou ver se a comida já está pronta – ela se levanta.

A existência de um amorOnde histórias criam vida. Descubra agora