MINHA ORIGEM - PARTE 4

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Ouço a Flávia entrando em casa e vejo que é de madrugada, fico um tempo acordada, mas como não escuto barulho resolvo a dormir.

No outro dia acordo, faço o café e vou ver minha mãe, fico feliz de saber que ela está melhor, preparo o almoço quando estou arrumando a mesa escuto alguém batendo palma, corro na direção da porta sabendo que é o Eduardo.

Comento com ele que a minha mãe está melhor hoje.

- Você se importa se eu buscar ela para comer com a gente?

- Lógico que não – ele acaricia o meu rosto.

Vou para o quarto da minha mãe e quando entro vejo ela caída do lado da cama com um vidro de remédio na mão, corro na direção dela e começo a gritar.

- Mãe, fala comigo!

Não vejo o momento que o Eduardo se coloca do meu lado, ele segura o meu ombro.

- Vou chamar a ambulância – ele se levanta e eu fico com a minha mãe até a ambulância chegar.

Os paramédicos levam minha mãe para o hospital, enquanto isso a Flávia está na cozinha almoçando calmamente.

- Eu acompanho você até o hospital – Eduardo fala segurando meu braço e me puxando para fora.

Fomos a pé até o hospital, ficamos na sala de espera para ver se alguém dava notícia da minha mãe, depois de um tempo Flávia chega.

- Não quiseram carona?

Eduardo chega perto de mim, me segurando pelo ombro, resolvo não falar nada, o médico vem ao nosso encontro.

- Vamos fazer lavagem estomacal nela para tirar os calmantes que ela engoliu, ela terá que ficar aqui em observação.

Assinto e Flávia se levanta.

- Pra mim já deu – ela olha pra mim e conclui – Não precisa me esperar, vou chegar tarde – ela sai sem olhar pra trás.

- Acho melhor a gente comer algo – Eduardo fala.

-É melhor voltarmos para a casa – falo meio zonza com o acontecimento.

Voltamos para a casa calado, entro, esquento a comida e comemos, Eduardo resolve quebrar o silêncio.

- Não é melhor internar sua mãe em uma clínica?

- Meu pai não tem condição de pagar uma clínica, os remédios que ela toma são caros sem falar que ele já paga a faculdade da Flávia e meia bolsa para mim.

- Tenho condições, posso ajudar – ele fala observando minha reação.

- Não, de jeito algum o Bruno e a Paty já me ofereceram ajuda, este problema é da minha família, minha mãe vai ficar boa, ela sempre tenta fazer isso.

- Quero muito poder te ajudar – ele acaricia meu rosto.

- Você pode me ajudar tirando a louça – falo rindo para quebrar o ar pesado das coisas que aconteceram.

Arrumamos a louça e assistimos um pouco de TV. As 18h ele foi embora, tomei um banho fui para o quarto ler "Eclipse". Como nos outros dias Flávia chegou tarde resolvo dormir e esperar para ver o que mais aconteceria.

No outro dia a Flávia resolve dar o ar da sua graça no café da manhã, ouço alguém batendo palma e corro sabendo quem é, vamos até a cozinha e me sento.

A existência de um amorOnde histórias criam vida. Descubra agora