A GRANDE FESTA - PARTE 2

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- Me desculpa – Alexandre me entrega o buquê

- Já falei para parar de se desculpar – pego o buquê.

Ele abre a porta do carro, eu entro atrás com ele, noto que o Eduardo fica me observando pelo retrovisor, vou calada em compensação Paloma fica deitada no ombro do Eduardo falando o tempo inteiro.

A escola está bem colorida com várias bandeirinhas de diversas cores, com várias barracas, está bonita a decoração, fora o tanto de gente que compareceram, ainda bem que a escola é grande. Alexandre pega a minha mão e me leva até a barraca da pescaria, Eduardo e Paloma vem atras.

Alexandre pergunta.

- Você não quer pescar?

- Não, obrigada – fico observando o pessoal em volta, quero tanto encontrar com alguém, só para poder sair daqui.

Depois da pescaria fomos para barraca do quentão e vinho quente, hoje o Alexandre está bebendo bastante, se ele ficar bêbado antes da dança eu estarei livre, Paloma também está bebendo muito, mas Eduardo não.

Paloma coloca os braços do Eduardo em volta da sua cintura e joga o corpo para trás como se estivesse dançando.

- Paloma você vai cair – Eduardo fala sério.

- Qual o problema? Se eu cair, você cai em cima de mim – ela fala rindo.

Me viro de costa e começo a observar as pessoas, até que vejo uma garotinha que faz aula de dança, vou até ela, cumprimento os pais.

- Vocês têm uma filha encantadora e talentosa.

- Tia, a senhora vai dançar?

- Vou, mas não é igual a nossa dança.

Neste momento uma garota me entrega um torpedo.

"Sonho toda noite com você, é só querer que te mostrarei todo meu amor.

Alexandre"

Me despeço da minha aluna e volto para onde o pessoal está.

- Alexandre, obrigado pelo torpedo.

- Quem sabe você não resolve me agradecer mais tarde? – ele fala me acompanhando até a quadra, pois a professora já está reunindo o pessoal do ensino médio para dançar.

Na dança correu quase tudo bem, só no final, na hora do baile, Paloma deu um beijo na boca do Eduardo que todos começaram a aplaudir.

Fico sem ação no memento, até que resolvo sair, passo entre o pessoal que estão assistindo e vou lá fora. Me sento em um banco que fica perto do campo de futebol, ali não há muita gente, preciso ficar sozinha com meus pensamentos, falar para mim mesma que o melhor é sumir dessa cidade e nunca mais voltar, esquecer que existi Alexandre, Paloma e Eduardo.

Talvez, se eu não estivesse entrado no meio da briga do Bruno e do Alexandre nada disso teria acontecido, só quero uma luz, nesta hora pego meu colar, seguro o Anjo na mão, quero ter coragem de arrancar isso do meu pescoço.

Estou perdida nos meus pensamentos que nem sei a hora que o Alexandre chegou, ele passa o braço pelo meu ombro.

- Te procurei, por que você saiu correndo? – ele já está totalmente bêbado.

A existência de um amorOnde histórias criam vida. Descubra agora