- Ontem, eu não vi a hora que você foi embora.
- Eu reparei.
- Queria tanto ter levado você embora – essa hora ele passa a mão no meu rosto.
- Roberta, me levou embora – falo me levantando, não gosto quando ele me toca.
Vou até a janela, fico ali olhando as pessoas no pátio da escola, Alexandre se aproxima de mim.
- Fabiana, aconteceu algo? Ultimamente você anda distante – ele me segura pelo ombro.
- Não, acho que eu ando trabalhando demais – falo me virando outra vez para a janela.
- Não gosto de ver você assim – ele me abraça.
Tiro o braço dele de cima de mim, olho na direção do pessoal, reparo que o Eduardo está olhando e vejo a pulseira que a Paloma deu a ele, olho para Alexandre respiro fundo.
- Alexandre, eu não sei o que você sente por mim, mas eu não gosto de você, não da maneira que você quer.
- Fabiana, eu sei que você não sente o mesmo que eu, mas eu vou te conquistar – essa hora ele se aproxima passando a mão no meu rosto – Do mesmo jeito que você me conquistou.
- Alexandre, isso não vai acontecer, eu não quero te magoar.
- Você nunca irá me magoar – ele se aproxima tão perto que parece que ele vai me beijar.
Me afasto e viro o rosto, olho para o Eduardo, ele está sério e vejo raiva nos olhos dele.
- Vou esperar, tenho certeza de que você mudará de ideia – ele me abraça.
Paty chega e fala que precisa conversar comigo, Alexandre concorda, ela me puxa para sentarmos perto da janela.
- O que aconteceu aqui?
- Falei que não gosto dele.
- Ele quase te beijou – Paty fala assustada.
- Eu sei, não vai ser fácil sair dele.
- Eu sei amiga, Eduardo reparou – Paty me abraça.
- E o que ele tem com isso? – falo com raiva, lembrando da pulseira.
- Tudo, acho? Fabiana, eu achei que ele fosse tirar satisfação com vocês.
- Isso não vai acontecer, não se preocupe – falo com certeza.
- Como você pode ter certeza?
- Ele está com a pulseira que a Paloma deu, é sinal que ele quer lembrar dela.
- Amiga, eu acho que se ele assumisse a Paloma as coisas melhorariam – Paty me abraça – Talvez você não pensaria em ir embora.
O sinal toca, a única coisa que eu penso é na pulseira. Sempre que termina a aula eu vou para a livraria, ali o tempo voava. De noite a Paty dorme comigo.
A semana foi normal, acho que a única coisa que não está normal é meus sentimentos.
No sábado a FLY funcionou, então vou trabalhar, chego e começo a arrumar os copos e do nada o lugar lota.
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A existência de um amor
רומנטיקהÉ incrível como uma pessoa consegue passar despercebida durante 4 anos em uma escola, essa pessoa sou eu, Fabiana uma garota de 15 anos que morava em uma cidade pequena, chamada Pedra Azul onde todos se conhecem. Meus pais são separados, como toda s...