Vinte dias no Brasil: "Oi"

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Tom e eu estavamos em casa deitados no chão do quarto, vendo fotos antigas minhas, e o tempo todo ele falava que meu nariz não mudou nadinha de quando eu era bebê até agora. E então de repente ele me pergunta.
- Amor faz um tour comigo?
- Como assim? - fico confusa
- Um tour pelos lugares onde você passou a maior parte da sua infância.
- Mais porque? - digo abraçando ele.
- Quero saber tudo que deixou você assim, essa namirada perfeita. - ele me beija e eu retribuo.
- Ta legal, vamos então. Nós tomamos banho e começamos a nos arrumar enquanto isso Tom não parava de me pertubar para que fossemos de carro, o que não era necessario ja que todos os lugares inde iriamos eram perto e porque eu queria dara a ele a verdadeira experiencia da minha infância.
- Tom, ja disse que não. Céus, como é que eu pude arrumar um namorado preguiçoso. - ponho as mãos na cabeça
- Aaaah qual é amor, você sabe que esse negocio de andar não é comigo. - ele reclama.
- Vamos lá pare pra pensar, e se esse fosse seu ultimo dia com suas pernas, por que você vai ter que amputa-las, você iria querer ficar sentado, andar de carro e não a pé, ou, você iria aproveitar pra andar, correr, dar chutes nas coisas e pirueta malucas?
- Mais espera um pouco...quer dizer que em um dia eu estou com a perna ruim a ponto amputar, e no outro eu posso dar chutes e outras coisas? - ele da risada. Eu empurro seu rosto rindo tambem.
- Você me entendeu. Qual é Tom vamos a pé....prometo que da proxima vez que sairmos vamos de carro. Ele suspira e respinde por fim
- Ta legal, vamos a pé - dou um sorriso e vou abraça-lo.
Saimos de casa e começamos nosso trajeto até chegarmos a nossa primeira parada, a casa da minha avó, era onde eu passava a maior parte do meu tempo, depois que eu saia da escola ia direto pra la almoçar, porque não tem nada melhor do que comida de vó.
- Você vai adorar minha avó - digo - e você vai comer uma coisa chamada bolinho de chuva.
- É oque? Bolinho de chuva? - ele diz confuso e eu sorrio.
- Sim, bolinho de chuva, que na minha opinião é a melhor coisa que tem no Brasil. - Ele sorri e continuamos o trajeto. Chegamos ao prédio onde minha vó morava e eu aperto o interfone pra portaria.
- Oi bom dia! Meu nome é Aisha e eu sou a neta da Maria que mora no 302.
- Aisha é você? - uma janelinha abre e de la sai  Rogerio, o poorteiro. - Menina como você ta grande, a quanto tempo eu não te vejo hein?
- Acho que faz dois anos - Tom olha pra eu entendo que é pra traduzir.
- Amor esse aqui é o Rogerio, ele é um grande amigo do meu pai aqui no Brasil, conhecemos ele a anos.
- Aah entendi - Ele diz.
- Namorado americano é? Fala pra ele cuidar da minha menina okay? - diz Rogerio e eu sorrio.
- Tom ele disse que é pra você cuidar bem de mim - digo enquanto o abraço
- Sempre - ele me beija.
- Ta legal menina, vai la ver sua avó - Rogerio abre o portão e me despeço dele enquanto vamos até o elevador.
- Uffa agora sim, vamos sentar, se eu não te amasse tanto eu taria em casa sentando vendo filmes...
- Mais você me ama né? Oque você pode fazer? - falo e depois o beijo. Chegamos ao apartamento da minha avó e eu bato na porta mais ela não atende, bato denovo nada, na quarta batida eu escuto um "Calma, calma ja estou indo"
Sorrio quando ela abra a porta porque ela tava toda descabelada.
- Aaa meu deus minha netinha, que saudades que eu estava de você, vem ca da um abraço na sua vózinha. - ela me abraça (que saudades desse abraço) penso e dou um sorriso. - E quem é esse bonitão aqui?
- Prazer senhora, meu nome é Tom, sou o namorado da Aisha. - ele estende a mão mais ela rejeita e diz.
- Ora mais não me venha com essa mão, venha cá me dar um abraço - ela o abraça e eu dou risada.
- A senhora fala inglês? - Tom pergunta.
- Sim meu filho, depois que minha filha se casou com o Mark peguei interesse pela lingua e pedi que ele me ensina-se.
- Entendi, a senhora fala muito bem. - ele sorri para ela.
- Ta legal, quem quer comer? Fiz varias coisinhas pra vocês comerem (coisa de vó) penso.
Ficamos mais ou menos uma hora ali comendo e conversando e então eu digo.
- Vó a gente tem que ir ta legal, estou fazendo um tour com o Tom, a proxima parada é a.....bom é uma surpresa então vo falar no seu ouvido - sussurro no ouvido dela e ela diz.
- Aaa meu deus do céu, vocês dois tomem cuidado, você se lembra ne Aisha.
- Sim vózinha eu me lembro, mais não se preocupe ele sabe.
- Oquê? Oquê que eu sei - Tom olha pra mim assustado.
- Nada não, é surpresa. - digo rindo.
Nos despedimos e tomamos nosso trajeto.
- Onde você ta me levando em Senhorita Jones? - Tom pergunta
- Nãi sei, quem sabe eu to te levando pra um lugar onde eu possa te matar e ninguem nunca vai saber, eu sei esconder um corpo sabia? - digo olhando pra ele
- Você é uma psicopata sabia - ele me beija - Pode parecer clichê mais...não era eu que devia fazer as surpresas?
- Século 21 bebê.
- Sim mais.... - corto ele
- Chegamos. - saio correndo toda animada. Levei ele até a pista de skate onde eu nunca ficava sem ir.
- Porra isso sim é legal. - ele diz.
Nós saimos e fomos direto pra pista, por sorte meus skates antigos ainda estavam lá então não perdemos tempo, ficamos tanto tempo la que nem percebemos que ja estava escurecendo e então decidimos continuar o tour no dia seguinte.
Na saida eu digo para Tom
- não se esqueça que eu ainda posso te matar viu? De noite é melhor - viro de costa para beija-lo mais ai esbarro em alguem.
- Aah me desculpe....Gabriel! - fico chocada com quem eu vejo.
- Aisha! - diz Gabriel.
Ficamos ali parado e então decido ir embora. Puxo o braço de Tom
- Vamos embora Tom! - digo
- Espera ai! Amor oque ta acontecendo. Quem é ele. - suspiro e digo.
- Meu ex melhor amigo.
- Aquele cara que você falou? - diz Tom
- Sim - Gabriel ainda estava parado ali
Tom me puxa pela cintura e encara Gabriel, e eu faço o mesmo. Ele vem até nós.
- Oi Aisha. - ele diz

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