Sofrimento

30 4 0
                                    

*Tom narrando

Estávamos no começo do terceiro mês, e as coisas estavam complicando, um juiz disse que uma pessoa em coma tem um certo tempo para se recuperar, depois desse tempo os médicos tem de dar a opção aos parentes de desligar os aparelhos que mantém a pessoa viva, ou fazer outra coisa se ela não vive a base dos aparelhos.
O douto Karev nos contou isso, ele disse que o Estado não iria permitir que deixamos os aparelhos ligados por mais de 5 meses.
- Mais ainda nos restam 2 meses - eu digo preocupado.
- Sim mais... - ele hesita - A cada dia que passa o estado da Aisha só parece piorar e ...
- NÓS NÃO IREMOS DESLIGAR PORRA NENHUMA - interrompe o senhor Jones gritando - ELA É MINHA FILHA, NINGUEM VAI MACHUCAR ELA.
Nós estávamos no quarto dela, ele sai furiosamente de lá e a senhora Jones vai atrás.
Senti me na poltrona que tem do lado dela e seguro em sua mão.
- Eu te amo Aisha Marylyn Jones. - digo - Sem você eu fico louco.
Me aproximo dela e a beijo, saio do quarto indo ao encontro de Pedro e Bri na sala de espera. Conto a eles oque o doutor Karev nos disse.
- Como assim? Não eles não podem fazer isso! - diz Bri
- Amor calma. - fala Pedro a abraçando
- Holland você tem que falar com eles pra não desligarem, e se ela acordar?- diz Bri chorando
- Eu meio que entendo os médicos...depois de 5 meses alguém não acordar é muito tempo. - digo
- Então você quer que desliguem? - Bri me olha com o olhar de incompreensão.
- Não! Eu não quero, mais meio que entendo os médicos. - falo
Nós conversamos mais um pouco e depois os dois vão embora, volto para o quarto de Aisha, o senhor Jones estava lá.
- E você garoto, oque pensa sobre eles desligarem? - pergunta o senhor Jones  virado olhando pra Aisha.
- E-eu não sei senhor - digo
- Você tem a mesma opinião da minha mulher, não querem que desliguem mais "entende" os médicos não é? - ele fala
- Sim senhor. - olho para ela.
- Minha mulher eu não posso mandar embora, mais você eu posso. - ele olha pra mim.
- Não, eu não vou. - digo firme
- Você vai pegar suas coisas e sair da vida da minha filha agora. - ele diz calmo.
- Não.
Ele me puxa pra fora.
- SIM VOCÊ VAI, NENHUMA PESSOA QUE QUER MATAR A MINHA FILHA VAI FICAR PERTO DELA! - ele grita
- NÃO EU NÃO VOU, ELA É MINHA MULHER - eu grito também - SENDO OFICIAL EU VOU FICAR AO LADO  DELA E NINGUÉM VAI ME IMPEDIR.
Uns seguranças chegam e pedem que no acalmemos.
- O senhor não vai me impedir de ficar com ela.

My WorldOnde histórias criam vida. Descubra agora