JACK GRAZER
Na segunda, gazeamos aula como bons namorados que somos. Trouxe alguns brownies para Finn, já que é sem dúvida, a comida preferida dele. Ele encosta o rosto contra meu peito e se deixa lá, pleno e pacífico. Ficamos sem falar nada por um bom tempo, apenas aproveitando o momento. Toco nos cachinhos de Finn, fazendo ele ficar ofegante.
- Fiquei com tanto medo de te perder - digo, encarando uma árvore que está perto de nós. - Não consegui dormir, tampouco comer. Tudo tinha morrido. Passado de colorido para preto e branco. Foi Horrível.
Ele abre os olhos, encarando os meus com uma expressão que não sei explicar. Só sei que, dei um sorriso forçado para o confortar da minha grande estupidez em falar aquilo. Quer dizer, isso é estúpido? Falar sobre meus sentimentos? Quase admitir que minha vida não é nada sem a dele? Bem... É evidente que sim.
- Eu te amo - ele responde.
Sinto minhas bochechas queimarem, mas mantenho o contato visual. Finn arqueja as costas e aproxima seu rosto para perto do meu, ficando em uma distância quase inexistente.
- Eu te amo.
Ele abre um sorriso e dá um selinho rápido. Isso faz eu ficar com um beicinho e ele ri.
- Por que ficou bravinho? - Finn se faz de desentendido.
- Me beije de verdade!
Ele encara meus lábios com desejo, sinto seus dedos passarem sobre meus lábios e deixo ele me tocar. Finn parece admirar meu rosto, e eu aproveito para analisar cada movimento que ele faz. Seus lábios roçam nos meus, e eu o beijo intensamente. Sinto-me em outro universo, outro melhor, onde só existe Finn e eu. Calafrios tomam conta do meu corpo quando sinto a língua de Finn em minha boca, e o garoto senta em meu colo, na maior inocência. Quando paramos de se beijar, cerca de 50 segundos, ele está vermelho como um tomate.
- Hum... Desculpe sentar brutalmente no seu colo - ele diz, olhando para a grama. - Não era minha intenção ser perverso ou algo assim.
- Tudo bem. Sente-se quando quiser... Inclusive, espero que queira sempre.
Ele sorri e rebola um pouco. Mas logo para, balançando a cabeça negativamente.
- Não podemos fazer isso - ele diz. - Não agora, talvez depois. Somos crianças demais pra isso.
- Eu sei, neném! Relaxa, só estava brincando.
- Bem... Ainda quero ficar no seu colo.
- Pode ficar, você não é pesado.
- Aqui é confortável.
- Também acho.
- Não estou falando do lugar... Estou falando do seu colo.
- AH! Quer dizer, oh... Fique à vontade.
- Obrigado.
Ele se aconchega e encosta seu rosto contra meu pescoço, o qual ele dá alguns beijos, fazendo meu corpo inteiro ficar arrepiado.
Ficamos assim até o horário do intervalo, quando Finn levantou do meu colo, delicadamente. Tomou minha mão e me fez andar quatro quarteirões.
- Você está me levando para o parque, não é? - pergunto, fingindo estar zangado com ele.
- Bom saber que você conhece a cidade, Jack - ele dá uma piscadela.
- Não goze com a minha cara - digo, com desdém.
Ele me abraça de lado.
- Chegamos, irritadinho.
Observo Finn passar na minha frente, correndo para os brinquedos como uma criancinha. Sento em um banco, apenas olhando o lugar.
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He likes boys • fack
FanfictionFinn Wolfhard começa a duvidar sobre sua sexualidade após receber um selinho de seu melhor amigo que é assumidamente gay, Jack Grazer. Uma estória que retrata a adolescência e suas descobertas mais profundas sobre si mesmo. Só que, no meio do camin...