XXIV - Annormal

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Este último capítulo é emocionante, digo logo
Obrigada por acompanharem Annormal 1.0, gente, fico feliz com cada comentáriozinho de vocês ❤️
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Annormal; Capítulo 24 — Annormal

Jungkook observava Junhyung dormir, sua mão acariciando suavemente os cabelos do menino. Desde que adormeceu, Junhyung demonstrava inquietação, murmurando palavras incompreensíveis e movendo-se constantemente na cama. O rosto franzido, em uma expressão de angústia, revelava os pesadelos que o assombravam.

De repente, Junhyung se sentou abruptamente, como se estivesse sem ar. Sua respiração estava rápida e ofegante, os olhos cheios de lágrimas que ele rapidamente tentou enxugar com a manga do pijama, numa tentativa de esconder a vulnerabilidade.

— Você está bem? — Jungkook perguntou, tentando manter a calma, embora o coração estivesse apertado ao ver o sofrimento do menino.

— Pesadelo... — Junhyung respondeu, colocando a mão no peito, sentindo o coração bater descontrolado. Ele fechou os olhos com força, como se quisesse expulsar as imagens assustadoras que ainda persistiam em sua mente.

— Jun, sua cuidadora do abrigo me contou que você costumava ir ao psicólogo. — Jungkook começou, tentando suavizar o clima e mudar o foco da conversa. — Você lembra do nome dele?

— Doutor Choi... ele é maluco. — Junhyung murmurou, uma pequena risada escapando.

— Maluco, é? — Jungkook riu baixinho, achando engraçado que Junhyung estivesse falando sobre o mesmo psicólogo que ele e Taehyung frequentavam. — Você jura?

— Juro! Ele fala umas coisas que não fazem sentido. — Junhyung disse, e, pela primeira vez, Jungkook viu um sorriso surgir no rosto do menino. Aquilo fez seu coração se aquecer, uma alegria genuína em meio a tantas incertezas.

— Eu sei que ele é maluco. — Jungkook riu mais uma vez.

— Você conhece ele?! — Junhyung perguntou, surpreso, seus olhos brilhando de curiosidade.

— Conheço, sim! Eu conversava com ele antes. — Jungkook respondeu, tentando encontrar a melhor forma de explicar. — Na verdade, bem... seu avô, ele... — Ele parou por um segundo, tentando escolher as melhores palavras. — Eu gosto de garotos, sabe? Aí... — Ele hesitou, pensando em mencionar a relação complicada com seu pai.

— Meu avô não aceitava, né? — Junhyung interrompeu, sua maturidade chocando Jungkook mais uma vez.

— Você é muito esperto para a sua idade, Jun. — Jungkook disse, admirado e um pouco triste ao perceber o quanto o garoto parecia ter sido forçado a crescer rápido demais.

— Todo mundo fala isso... — Junhyung murmurou, olhando para os pés, tímido. — Pai, eu estou com fome...

Ao ouvir a palavra "pai", o coração de Jungkook derreteu. Era a primeira vez que Junhyung o chamava assim, e aquele simples gesto trouxe uma felicidade que ele nunca imaginara sentir.

— Vou preparar minha especialidade para você. — Jungkook disse com animação, ansioso para cuidar de Junhyung pela primeira vez de verdade.

Ele se levantou, pegou a mão pequena de Junhyung, e juntos foram para a cozinha. Enquanto preparava o prato, Jungkook não conseguia parar de sorrir. O simples ato de cozinhar para seu filho o fazia se sentir realizado, como se estivesse cumprindo uma promessa que ele nunca soube que era tão importante.

Enquanto cozinhava, ele notou que Junhyung o observava atentamente, os olhos grandes fixos em cada movimento que ele fazia, como se tentasse absorver tudo. Havia uma inocência naquele olhar que contrastava com a maturidade nas palavras de Junhyung.

Annormal 1.0 ( Kth + Jjk )Onde histórias criam vida. Descubra agora