XXII/XXIII/XXIV - Borboleta Azul (versão alternativa)

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Annormal; Capítulos 22/23/24 — Borboleta Azul

— Acorda, Hoshi! Por favor! Eu não acredito que você fez isso! — Taehyung se ajoelhou ao lado do amigo, dando leves tapinhas no rosto dele, começando a entrar em desespero. — Por favor, eu não quero perder mais uma pessoa para essa droga de maldição. — Seus olhos se encheram de lágrimas, o medo apertando sua garganta.

Jungkook, ainda paralisado pelo choque, observava a cena com o coração apertado. A visão de Hoshi desmaiado era perturbadora, e ele não sabia como ajudar.

— Pa... para de fazer barulho. — Hoshi murmurou, sua voz mal audível. — Funcionou? — Ele abriu os olhos com dificuldade, a exaustão clara em seu rosto.

— Hoshi... — Taehyung segurava o rosto do amigo, nunca tão aliviado.

— Eu... fiz o ritual... — Hoshi sussurrou, a voz fraca e ofegante. — Acho que consegui quebrar a maldição... mas isso... custou muita energia...

— Obrigado. Muito obrigado. — Taehyung o abraçou com força, emocionado. Hoshi sorriu, mesmo que de forma fraca, antes de desmaiar de novo, esgotado.

— Vamos. Vamos levá-lo para o sofá. — Jungkook se moveu rapidamente, pegando Hoshi pelos ombros.

Taehyung percebeu que, pela primeira vez em anos, ele teve a coragem de se aproximar do centro da sala, o local onde seus maiores traumas começaram. A sensação de finalmente superar o medo desse espaço foi surpreendentemente libertadora. Tudo estava limpo, o que para ele parecia surreal, dado o tempo em que evitava até mesmo olhar para aquele lugar.

Com cuidado, os dois carregaram Hoshi até o sofá, deitando-o com delicadeza. Taehyung ainda estava preocupado com a possibilidade de algum dano que não fosse visível, mas a exaustão no rosto de Hoshi parecia confirmar que ele só precisava descansar. Taehyung se lembrava de como seus pais, quando ele era mais novo, mencionavam se sentir da mesma forma após realizarem os rituais. Isso o deixou um pouco mais calmo.

— Eu... eu estou tão aliviado. — Taehyung murmurou, suas mãos ainda tremendo, a adrenalina fluindo intensamente em seu corpo.

— Eu também, Tae... Eu também. — Jungkook respondeu, seu coração acelerado, incapaz de acreditar que tudo aquilo finalmente estava acontecendo. Ele envolveu Taehyung em um abraço forte, ambos ainda processando o que acabaram de viver.

— Estamos livres... finalmente livres... — Taehyung sussurrou contra o peito de Jungkook, ainda de vez em quando olhando para Hoshi para se certificar de que ele estava bem.

Jungkook, que vinha tentando manter a força até aquele momento, não aguentou mais. Ele começou a chorar, as lágrimas de alívio escorrendo enquanto segurava o namorado firmemente. Tudo parecia um sonho, mas as emoções eram reais demais para não ser verdade.

(...)

Após oito horas, Hoshi finalmente despertou. Taehyung e Jungkook estavam abraçados, dormindo no chão ao seu lado, exaustos, mas tranquilos.

— Que bom que funcionou — Hoshi sussurrou, esboçando um sorriso genuíno, mesmo com o coração ainda preocupado.

"Nunca mais vou conseguir ver o futuro... mas, talvez, isso não seja o fim do mundo." — Hoshi refletiu. — "Me sinto estranho, como se uma parte de mim estivesse ausente. Passei tanto tempo cercado por essas criaturas, e agora, sem elas, estou me sentindo um pouco... sozinho. Mas sei que vai valer a pena." — Ele suspirou, percebendo que a adaptação seria muito difícil, mesmo sentindo que estava indo bem desde que parou de vê-los.

— Acordem, seus folgados! — Hoshi brincou, cutucando os rostos dos dois. Taehyung acordou com um sobressalto, fazendo Jungkook despertar assustado logo em seguida.

Annormal 1.0 ( Kth + Jjk )Onde histórias criam vida. Descubra agora