XXII - μετεμψύχωσις

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Boa leitura!!
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Annormal; Capítulo 22 — Metempsicose

Jungkook nunca se sentiu tão grato a Hoshi como naquele momento.

Após receber os links e começar a explorar as páginas, Jungkook percebeu que a situação era mais profunda do que ele inicialmente imaginava. Ele abriu a gaveta em busca de um caderno para anotar as informações e encontrou algo inesperado: um caderno do Rilakkuma.

"Mas eu nunca comprei um caderno do Rilakkuma", pensou, confuso, enquanto segurava o objeto em suas mãos. Ele hesitou por um momento, tentando lembrar-se de onde aquele caderno poderia ter vindo, mas, incapaz de encontrar uma resposta, decidiu usá-lo mesmo assim para fazer suas anotações.

Quando abriu a primeira página, seu coração parou por um segundo, seus olhos marejados.

"De Kim Taehyung para Jeon Jungkook <3" estava escrito na primeira página.

As lágrimas começaram a descer incontrolavelmente. Ele virou as páginas, encontrando mensagens escritas por Taehyung:

"Tenho medo de que suas lembranças sobre mim virem uma maldição em sua vida. Espero que me perdoe por isso."

"Eu nunca quis te magoar, eu só queria a sua felicidade."

Todos os dados bancários e pessoais da herança dos sacerdotes Kim estavam anotados na última página.

"Não chore, meu amor, e não machuque sua mão na parede. Os momentos ruins sempre passam."

Cada frase era um golpe no coração de Jungkook. Ele fechou o caderno abruptamente, incapaz de continuar lendo. O simples fato de segurar algo que pertencia a Taehyung o fez se sentir feliz e dolorosamente nostálgico ao mesmo tempo. Ele guardou o caderno com cuidado, como se fosse um tesouro, decidido a manter essa lembrança só para si.

"Por que ninguém se lembra dele? Tae claramente mudou a história, mas é como se ele nunca tivesse existido", refletiu enquanto enxugava as lágrimas que deslizavam incessantemente por seu rosto.

Seus olhos estavam ardendo, consequência das noites mal dormidas e do constante choro. Ele sabia que precisava buscar respostas, precisava entender o que havia acontecido.

"Vamos começar...", murmurou para si mesmo.

Ao se deparar com a manchete sobre a morte dos sacerdotes Kim e de seu único filho, algo dentro de si estremeceu. Ele leu em voz baixa, quase inaudível:

"Os sacerdotes Kim foram encontrados mortos junto ao seu único filho, de 13 anos..."

Sua garganta se apertou. Era como se o ar estivesse sendo sugado do ambiente. A cada frase lida, o coração de Jungkook se partia mais. Sentia-se em um pesadelo do qual não podia escapar.

Ele pegou o celular e, sem conseguir controlar seus dedos trêmulos, começou a mandar mensagens freneticamente para Hoshi:.

- HOSHI!
HOSHI!
HOSHI
HOHSI
HOSSHI
HDISOS
HSISSJ
RESPONDE!

As mensagens saíram de maneira desordenada, e Jungkook, sentindo o desespero apertar seu peito, não pensou duas vezes antes de ligar para Hoshi. Quando a chamada foi atendida, ele soltou um suspiro de alívio, a respiração ainda ofegante do outro lado da linha.

— O que foi?!

— Hoshi, você precisa me ouvir! Taehyung não está morto, ele não morreu aos 13 anos! Ele não morreu! — Jungkook quase gritou.

Annormal 1.0 ( Kth + Jjk )Onde histórias criam vida. Descubra agora