O Pub!

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– E-eu simplesmente não entendo... –Resmungou Arthur olhando para o fundo o seu copo de whisky.

– O que você não entende, Arthur? Você está sendo um tremendo de um bebê chorão! –Reclamou o chinês que havia arrastado o inglês para aquele Pub com o intuito de saber novidades sobre o "avanço" amoroso de Arthur, além de formular possíveis planos de ações!

"Por que eu ainda concordei em vir aqui?" Questionou o inglês a si mesmo, irritado por ter cedido! Yao sabia de sua baixa tolerância ao álcool além da tendência de fazer coisas inapropriadas quando bêbado, aquilo poderia ser extremamente perigoso! Os Kirklands e o álcool são uma péssima combinação... Mas, talvez, fosse esse o grande plano de Yao!

–Eu nem estou chorando! Você que teve a ideia dos testes! –Continuou a resmungar.

–Sim! E a ideia funcionou maravilhosamente bem, pelo o que entendi sobre o lance da escola. – Piscou, travesso, o oriental, enquanto bebericava o seu coquetel de coloração avermelhada.

– Seus testes não provaram nada! Digo, tudo que aconteceu pode ser pura coincidência ...Afinal, você faria o mesmo se tivesse me acompanhado.

– Você me convidaria para te acompanhar em uma reunião de escola? – Yao levou a mão ao peito – Estou emocionado! Não sabia que você me considerava tão da família assim! Alias, se eu ouvisse o que o diretor tinha dito sobre você... Teria dado um golpe de Kung Fu nele e ainda chamaria o meu namorado para mostrar como a máfia russa lida com seus inimigos!

– Yao...Ivan não é da máfia russa! – Arthur fez uma careta, não queria tentar imaginar que um dos seus subordinados no editorial, por mais sinistro e misterioso que parecesse, fosse mesmo membro de uma máfia.

– Que seja! – O chinês fez um sinal com a mão, como espantando a negação tola de Arthur – Só sei que o diretor não iria viver o suficiente para propagar alguma palavra preconceituosa! Existe um antigo provérbio chinês que diz "Castre um homofóbico e sirva o bilau dele em um hot dog, assim você estará salvando a humanidade!".

– Não creio que existe um provérbio sobre isso... – Arthur tentou não sorrir, não devia estimular o seu amigo.

– Não esqueça que a minha cultura é milenar, temos provérbios sobre tudo!

– Não acho que seria seguro que me acompanhes para a escola dos meus filhos. – Confessou o inglês.

– E, além disso... – Yao ainda não tinha terminado – Posso querer te proteger, Arthur, mas não quero transar com você!

Arthur se engasgou com a sua bebida, Yao não era nem um pouco discreto, ainda mais quando falou isso alto o suficiente para outras pessoas do pub pudesse ouvir.

– Yao! Por favor! – Sussurrou aflito indicando com os seus olhos verdes os outros clientes do local, que agora lançavam olhares curiosos para a dupla.

– O que? Só estou defendendo meu argumento! Eu não posso ser enquadrado na mesma categoria que o seu querido Afonso, por que não estou atrás de seu corpo nu!

– E quem disse que Afonso está atrás do meu? Hein? – Ao falar isso pegou o seu copo e o tomou de uma vez, além de fazer sinal para o barman para mais uma dose.

– Eu não sei por que você é tão negativo... Custa acreditar que o seu vizinho está caidinho por você?

– Custa sim! Eu não costumo ter sorte no amor, Yao...

VizinhosWhere stories live. Discover now