O teste e O plano!

589 105 11
                                    



Arthur estava chateado, talvez o termo chateado não fosse capaz de expressar toda a angustia e irritação que preenchia o seu íntimo. Muitas coisas ocorrem em seu fim de tarde... Teve que ouvir os planos malucos de Yao, que inspirado em ajudar como "cupido" tinha até feito uma lista de "testes" a serem feitos para provar que Afonso sentiria atração pelo o inglês (ou não, e que com isso pode conceder a Arthur alguma esperança em um romance futuro. A verdade é que aquilo não o incomodou muito, pelo menos não nos primeiros 5 minutos...Yao tinha que se aprofundar e fazer um verdadeiro seminário sobre o assunto tomando quase duas horas de explanação de planos hipotéticos. Para completar, isso levou ao atraso em seu cronograma...A gota d'água foi mesmo a ligação que recebera da escola de seus filhos.

–Alfred... Quantas vezes eu disse para não brigar na escola?! –Resmungava enquanto buzinando para os carros a sua frente, gritando tamanha diversidade de palavrões que era bem possível que os outros motoristas requisitassem um dicionário para assim buscar o significado e assim saberem que estavam sendo ofendidos.

Não demorou mundo para conseguir sair do congestionamento, morando em Londres grande parte de sua vida Arthur tinha aprendido alguns truques para sobreviver a aquelas ruas, e se dirigir para a escola

– Uma semana? Não! O castigo será de um mês? – Continuava a falar, já deliberando a sentença final do seu travesso filho. Afinal, de quem Alfred tinha puxado aquele jeito de ser? Arthur tinha que admitir que desconhecia do lado da família da Madeline e inclusive ela tinha um hábito mais obscuro do que travesso de ser, de modo que a conclusão lógica era que aquele jeitinho de Alfred só podia ser advindo dos genes dos Kirklands!

– A quem estou querendo enganar? – Deu um sorriso amargo para sua imagem refletida no retrovisor. De fato, estaria tentando enganar a si mesmo? Lógico que os Kirklands não são conhecidos por seu hábito educado e comportado de ser...Ele mesmo, o puritano Arthur Kirkland, tivera seu período no lado negro da força. Fora um punk roqueiro rebelde na adolescência, com "elegantes" cabelos tingidos do mais "discreto" verde, coleção de brincos em suas orelhas e tivera até piercings (mais de um!). Antes disso, em sua infância, também não foi um mar de rosas, afinal sendo o caçula e tendo quatro irmãos mais velhos, sempre tivera que lutar para se impor na sua residência...Perdera a conta de quantas vezes cometera traquinagens com seus irmãos (bem que, em sua defesa, o "contra-ataque" realizado pelos Kirklands mais velhos era sem dúvida muito piores!), assim sendo, Alfred tinha muito o que herdar em relação a travessura.

– Mas isso não significa que devo ser relevante quanto a esse tipo de comportamento... – Disse resoluto.

Parou o carro na entrada da escola, já era o entardecer, as cores laranjadas dominavam o céu antes azulado da capital. Antes de sair do veículo, Arthur jogou o sua grava no banco do passageiro e pegou o seu casaco, ao colocá-lo percebe um papel enfiado em um dos seus bolsos, reconheceu de imediato as letras elegantes e desenhadas de Yao.

Testes para comprovar atração:

1.Defender: o companheiro sempre defende aquele que ama das situações que podem prejudicar o referido companheiro, todavia tal ato também pode significar amizade... E quem disse que amizade não pode evoluir para algo a mais no futuro?

2.Amparar: o companheiro sempre buscara auxiliar aquele que gosta, em momentos difíceis servindo como seu alicerce. (inclusive quando você se recupera de uma tremenda ressaca! E todos nos sabemos o quanto as suas ressacas são épicas, Arthur Kirkland!).

3.Aceitar: Quando a situação levar questionamento de um sentimento mais profundo que amizade, sendo levantado a questão do "Amor" da "Paixão" o sujeito ira afirmar a existência desse sentimento... Essa é a maior prova!

VizinhosWhere stories live. Discover now