Arthur sentia como tivesse flutuando e tal sensação não era tão somente provocada pelo o efeito do álcool. Na verdade, desejava que tudo aquilo não fosse mesmo efeito alcoólicos! Que tivesse tendo uma espécie de sonho vívido (algo que era até comum para o inglês)...Mas se fosse mesmo uma alucinação, não queria acordar.
– Ei? Você está bem? – Perguntou Afonso que insistia em segurar a mão de Kirkland, enquanto andavam pela a calma rua do subúrbio londrino – Talvez fosse melhor voltarmos...Acho que vi uma cafeteria aberta, duas ruas atrás.
– Já disse que não gosto de café, mas obrigado. Eu estou bem. – Disse dando um sorriso, na verdade, desde do beijo que trocaram estava sorrindo. Suas bochechas já irão doer...Mas ele não ligava.
– Bem... Já é meia noite. Será que devemos pegar os garotos? Digo, meu filho está participando de uma festa do pijama na casa de um amigo da escola...Não sei quanto aos seus.
Arthur, ergueu as sobrancelhas e mirou o seu parceiro.
– Oh! Matt e Al também estão em uma festa do pijama! Esse amiguinho seria um japonês de nome Kiku?
Agora era a vez de Afonso erguer as sobrancelhas.
– Precisamente. – Respondeu assentindo com veemência.
Arthur riu.
– Nossos filhos estão em sincronia. Mas como você já disse, já é meia noite... E é uma festa de pijamas, o que significa que eles devem dormir na casa do amigo. Não quero estragar a diversão deles.
– Tem razão. – Confirmou Afonso, dando os ombros – Então, vamos para casa?
– Para a sua ou a minha? – o Inglês corou subitamente, logo depois de pronunciar aquela pergunta – Quero dizer...Não que eu esteja pedindo que você durma na minha casa...Quer dizer, não no sentindo dormir com uma conotação...Er... Para maiores de 18 anos! Quero dizer... Eu só...Caso você quisesse conversar mais um pouco...Poderíamos, sei lá...Ir para casa de um ou do outro...Enfim...Esquece! Estou me enrolando mais do que...
Afonso gargalhou e puxou o embaraçado mais para perto de si.
– Não ria do meu embaraço! – Ralhou Arthur.
– Não estou rindo...Ok! Estou rindo sim! – O lusitano abraçou o ainda irritado (e envergonhado) companheiro – Alguém já falou que você fica muito fofo deste jeito?
Se era possível Arthur ficar ainda mais embaraçado? A resposta é um imenso sim.
– Eu não importo que fiquemos a noite toda em nossa própria festa do pijama... – Continuou falando Afonso.
– Sério? – O outro sussurrou a sua pergunta.
– Sério. Podemos conversar... E só. Acho que irei fazer um chá, algo que você gosta tanto.
Arthur assentiu, se deixando ser guiado pelo português. Sem dúvida, aquela estava sendo a melhor noite romântica que tivera desde muito tempo...
Espera que seus filhos também estivessem se divertindo em sua própria festa do pijama...
~***~
Enquanto isso, na festa do pijama...
–Não sei se isso é uma boa ideia... –Falou Alfred inseguro carregando o seu saco de dormir e olhando para as árvores a sua volta, a noite tudo parecia muito grande e assustador. Galhos pareciam garras, faces se formavam nos troncos das árvores sendo uma ilusão gerada pela a luz e a sombra, Alfred sabia disso contudo a sensação de temor ainda permanecia em seu peito...
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Vizinhos
FanficAfonso decidiu que deveria recomeçar a sua vida depois de um evento traumático em sua vida, novo país... Novo trabalho... Seria perfeito para um jovem pai viúvo e seu pequeno filho. Quem sabe que surpresas o destino pode trazer a eles? Será que pode...