Capitulo 3.

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Pra compensar o sumiço. Espero que gostem!!!😘

Assim que desligou a ligação com Tony, Darby ligou correndo para Bellamy para contar as boas novas. Bellamy ficou tão feliz que não tinha nem reação para manifestar tamanha felicidade. Ela já tinha desistido de encontrá-lo novamente, achava que ninguém mudaria a opinião dele, mas Darby havia conseguido. Agradeceu várias vezes à amiga por conseguir fazer com que ele aceitasse o papel.
     - Não precisa agradecer, meu amor! Olha, na próxima semana vamos ter um encontro, eu, você, ele e a Shonda. A Shonda vai passar toda história do seriado pra então vamos marcar gravações e etc. Mas não contei isso pra ele, não queria assustá-lo logo de cara. - Darby sorriu. - Mas quis te avisar logo. Amanhã ou depois aviso pra ele.
     - Tudo bem, Dar. Tu não quis assustá- lo, mas me assustou, né? - Bellamy deu uma pequena risada. - Mas acho que é melhor assim, tenho uma semana pra me preparar para encontrá-lo novamente, sei que não vai ser fácil. Ele vai ser muito frio comigo. - Disse com um suspiro triste.
     -  Ah, amada, tu consegue reverter à situação. Esquenta tudo que o coração dele derrete. -  Disse brincando para animar à amiga.
      - Só você mesmo, Dar. Tu não existe.
      -  Existo sim, pra tua sorte. Amor, agora preciso trabalhar. Beijão! Nos vemos próxima semana. Provavelmente na quinta.
     - Ok, um beijo! Até quinta.

      No dia seguinte, Darby ligou novamente para Tony para dizer que teriam uma reunião na próxima quinta feira às 9h com Shonda, ela não falou o nome de Bellamy , mas ele imaginou que ela estaria lá. Darby ligou também para Bellamy para confirmar o dia e dizer a hora. A semana passava arrastada para Bellamy , tudo que ela fazia era pensar no seu reencontro com ele. Queria que os dias passassem logo. Nada conseguia tirá-lo de sua cabeça, nem sair com a família, com as amigas. Nada. E para piorar, tinha sempre o mesmo sonho, com ele, todas as noites. "Credo, esse homem vai consumir a minha vida." pensava enquanto ia para seu treino.
Ao contrário dela, Tony rezava para os dias passarem bem devagar. Ficava mais tempo brincando com o filho, porque isso lhe dava a energia que precisava para enfrentar qualquer coisa.
      - Não que você não venha muito aqui, você é um pai super presente. O melhor pai que o nosso filho poderia ter. Mas ultimamente você está aqui sempre. Aconteceu alguma coisa? - Perguntou a ex-mulher sorrindo ao vê-lo brincando com o filho. Tony tinha se separado da mulher logo após o final de Scandal, mesmo que Bellamy não tivesse cumprido o trato de separar-se do marido. Ele percebeu que não era justo continuar com a mulher amando outra, mesmo que não fosse ficar com a outra. A mãe do seu filho era uma boa pessoa, merecia ser muito amada, e aquilo ele não poderia lhe dar. Ele explicou tudo pra ela e eles se entenderam, continuaram amigos, pelo bem do filho e porque, antes de tudo, sempre foram bons amigos.
     - Não aconteceu nada, só estou livre esses dias, resolvi ficar mais com ele. Ele renova todas as minhas energias. - Tony falou ainda brincando com a criança, que não parava de falar pro pai prestar atenção na brincadeira e parar de conversar com a mae.
    - Tony, eu te conheço! Sei que tudo isso é verdade, mas não é só isso, você está escondendo algo. - Ela disse séria.    
     -Filho, cadê aquele desenho que você disse que queria me mostrar? - Tony perguntou ao filho, e ignorou a pergunta da ex. Mas ela entendeu o que ele quis fazer.
      - Está na minha mochila, lá no quarto, pai. Vou buscar. - O garoto saiu saltitando para buscar o desenho que tinha feito para o pai. Assim que o garoto saiu da sala Tony respondeu a pergunta da mãe do seu filho.
     -  Vou começar um novo trabalho. Vou ficar sem tempo para vir aqui todo dia.
      - E o que mais?
      - Pô, você não dá uma brecha. - Sorriu sem graça, não queria falar sobre aquilo. - Vou trabalhar com a Bellamy num seriado novo. Não sei como vou conseguir fazer isso. Não queria, mas tive que aceitar. Tô aqui porque ele é a única pessoa que consegue me acalmar. Ele me dá a força que preciso pra ir lá fazer esse trabalho. - Falou tudo de uma vez.
     - Ah Tony, finalmente você parou de recusar trabalho por causa dela. Já estava mais do que na hora. Tenho certeza que você vai conseguir fazer esse trabalho. Quer um conselho? Vai de coração aberto, não chega jogando pedra nela, nem repele ela se ela vier fazer algum contato com você. Não deixa aquela história lá de trás te tirar do eixo. Fica tranquilo, fica em paz com essa história. Se você quer saber, acho que você deveria marcar um encontro só com ela antes do trabalho começar. Conversa com ela sobre tudo que está aí dentro e que te corrói há três anos, perdoa ela pelo que ela fez, que assim você vai ficar em paz e vocês vão trabalhar em harmonia. Tenho certeza que ela quer isso também, que vocês fiquem bem. Não estou falando pra você reatar algo ou ser amigo dela, apenas se entender para que o trabalho flua tranquilamente e sem clima ruim. Tony não teve tempo de responder a ex, pois o filho voltou correndo para a sala com o desenho nas mãos. Ela deu um beijo carinhoso na bochecha dele e saiu da sala, deixando pai e filho numa conversa animada sobre desenho. Eles dois se entendiam muito bem, o menino era a miniatura do pai. Após sair da casa da ex-mulher, ainda martelava na cabeça de Tony as coisas que ela havia dito. Ela tinha razão, ele tinha que encontrar Bellamy, precisavam conversar. Ele sabia que Bellamy não tinha motivos para guardar nenhuma mágoa dele, só ele que tinha ficado ferido com o que ela havia feito, então ela não teria problema de encontrá- lo. Tony ligou para a assessora e pediu para ela conseguir o número pessoal de Bellamy, ela não perguntou nada, apenas falou que iria conseguir e, logo, retornava a ligação. Alguns minutos depois a assessora ligou para Tony e passou o número de Bellamy. Ele anotou o número e desligou a ligação. Ficou encarando o número por longos minutos. Antes de ligar precisava saber tudo que iria dizer. Ensaiou várias vezes e finalmente tomou coragem para fazer a ligação.
Bellamy estava no meio de um trânsito infernal indo para a casa após uma sessão de yoga. Estava impaciente, quase 30 minutos parada no mesmo lugar, ia ligar o rádio quando o celular começou a tocar. Pegou o celular que estava em cima do banco do passageiro, viu que era um número desconhecido e pensou em não atender. Não gostava de atender chamadas de números desconhecidos. Ela passou tanto tempo pensando que o celular parou de tocar. Do outro lado da linha, Tony se debatia pensando se ligava novamente ou não. "Talvez ela não estivesse perto do celular, preciso tentar de novo", pensou. E ligou mais uma vez, Bellamy ao ver o celular tocar mais uma vez, sentiu como se devesse atender, algo lhe dizia que talvez fosse alguma coisa importante. No terceiro toque, Bellamy atendeu o celular. Ficou um silêncio na linha. Nem ele falava nada, nem ela se atrevia a falar. Só ouviam um a respiração do outro. Era como se ela reconhecesse que era ele, mas achava melhor esperar ele falar primeiro. Depois de alguns minutos, ele finalmente falou.
      - Alô? Bellamy? - Perguntou receoso. Bellamy reconheceu a voz no mesmo segundo. Ficou em silêncio, como se tivesse em choque. Tony ficou esperando que ela o respondesse, olhava para o celular pensando se estaria mudo. O trânsito andou e ela nem percebeu, só voltou para a realidade quando vários carros buzinaram atrás dela para que ela andasse. Justo nesse momento, Tony pensava em falar novamente, para saber se ela tinha ouvido o que ele havia dito, mas ao ouvir as buzinas percebeu que o celular não estava mudo e esperou que ela falasse.
     -  Oi, sou eu. - Ela ainda estava incrédula. Era ele mesmo. Ele estava ligando pra ela. - Desculpa, é que eu tô no trânsito, me distrai aqui. - Disse justificando a demora em responder.
     - É, percebi... Sou eu, Tony. - Falou com certo desconforto. Não sabia mais o que falar. Tinha ensaiado tanto, e iria acabar agindo feito bobo.
     - Eu sei, reconheci sua voz. - "Como ele acha que eu não reconheceria a voz dele?", Bellamy pensou. Outra vez a linha ficou num silêncio constrangedor. 
     - É... Desculpa ter ligado, se você quiser, posso ligar mais tarde. - Disse pelo fato dela estar dirigindo.
   - Não, tudo bem. O trânsito tá parado, pode falar. - Tudo que ela queria da vida naquele momento era saber o porquê dele ter ligado para ela.
     -  Queria conversar com você pessoalmente, será que você pode me encontrar amanhã? - Foi o mais direto que pôde.
     - Claro. Que horas? - Respondeu rápido.
     - As 16h. Naquela praia que íamos sempre, acho que é um lugar reservado e tranquilo pra conversar. Pode ser?. Bellamy não ia perguntar qual era o assunto, pois, no fundo, sabia do que se tratava. Tony marcou num local público, mas que não tivesse muita gente, para não serem reconhecidos. Eles sempre iam a essa praia. Sabia que era um lugar calmo e pouco frequentado, ainda mais dia de semana. Não queria marcar no apartamento dele, porque queria que fosse um encontro impessoal.
      - Pode ser, sim! - Bellamy respondeu.
       - Certo! Nos vemos lá, então. - Nem esperou que ela respondesse, desligou a ligação. Bellamy continuava olhando pro celular ainda sem assimilar o que tinha acontecido. "É, ele foi frio, não se despediu direito mas pelo menos ligou. E está disposto a me encontrar amanhã. O que será que ele vai dizer?" pensou.
    - Porra, como é que eu fico até amanhã com essa curiosidade me corroendo? - Disse em voz alta. Tony desabou no sofá como se tivesse tirado 100kg de suas costas. - Bom, uma parte já foi. Agora só resta esperar até amanhã, que será a parte mais difícil. Como será que vou reagir ao vê-la tão perto depois de tanto tempo? - Disse para si mesmo.

ps: Será que esse encontro vai dar certo? 🤔

Mudaram as estações - nada mudou.Onde histórias criam vida. Descubra agora