8º Capítulo ✈

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8º Capítulo

 “Eu vou-te apanhar tu sabes disso” Michael disse correndo atras de mim.

Ri mais alto e corri o mais que podia, mas as pernas do Michael são maiores do que as minhas e ele conseguiu apanhar-me. Caímos na areia e senti o seu peso no meu corpo.

Riamos como loucos e aposto que se a praia estivesse habitada, que as pessoas nos iam julgar com o olhar. Realmente não entendo porque somos julgados e julgamos os outros, o ser humano é um ser muito afectado com este vírus.

“Como vai a banda?” Iniciei uma conversa que não sei realmente onde irá parar.

Os seus olhos brilharam e recebi um beijo na minha bochecha.

“Nunca te tinhas interessado por isso” ele disse com um tom de voz gozona.

Rolei para o lado fazendo com que ele saísse de cima de mim e fiquei deitada a olhar para ele.

“Eu sei, mas agora quero saber o que se tem passado na minha ausência”

Ele riu com as minhas palavras e deu-me um beijo no nariz.

“Tem corrido tudo ás mil maravilhas, sabes onde estive?” Ele fez um sorriso carinhoso e passou uma das suas mãos pelo meu rosto, delicadamente.

“Onde?” Disse curiosa.

“Na Disney” ele disse por fim e senti o meu coração falhar.

“Mas, nós tinha-mos prometido que só irias se fosses comigo” disse olhando seria para o seu rosto.

“Não era para ficares triste Halley… e posso dizer uma coisa piegas?”

Eu ri e acenei positivamente com a cabeça.

“Tu estavas la… porque esta sempre presente dentro de mim” senti-me ficar mais vermelha que um morango e sorri envergonhada

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Levantei-me da cama sem vontade de fazer nada, mas hoje á o meu primeiro dia de trabalho… bem, não é um trabalho a serio, tomar conta das crianças do hospital é mais um passatempo de verão.

Vesti uns calções de ganga de cinta subida, uma camisola florida, um kimono preto e as minhas vans vermelhas.

O tempo está muito melhor que aqui á dias, hoje o sol está a brilhar!

Sai de casa, felicitei a Dona Lucy que estava, como sempre á sua janela. Ela é uma velhinha simpática, um pouco doida…mas simpática.

O seu marido Raj, um homem indiano e com cara amorosa, sorriu-me. Sorri-lhe de volta e continuei a caminhar ate á paragem de autocarro.

Ainda não voz falei sobre os meus meninos, ou seja, os meninos de quem vou tomar conta hoje. Bem, eles são meninos especiais, são os meus pequenos super-heróis…

Têm todos a mesma doença, cancro, custa-me imenso saber que alguns deles não têm cura, porque a sua doença já esta elevada a um nível extremo…

A Marie diz que a irmã é um anjo, que ajuda Deus a suportar a maldade no mundo… Juliette, a irmã de Marie é uma dessas crianças que não têm cura… a sua doença alastrou-se para o sangue. Mas estas duas meninas são mais especiais, elas tiveram um passado infeliz, sei que parece tirado de um livro de terror, mas os seus pais abandonaram-nas e Marguerett, a pediatra do hospital decidiu adopta-las. Mais tarde descobriu que a Juliette estava doente, o que a abalou imenso…

Como vêm… ou lêem, estes meninos são realmente especiais e eu amo-os com todo o meu amorclaro que sobra o necessário para amar o Michael também…

Cheguei á recepção e mostrei o meu passe, uma mulher morena de cabelos encaracolados acompanhou-me gentilmente até á sala e, como parte da boa educação que tenho, agradeci pela sua companhia.

Mal entrei recebi um abraço gigante da menina loira de olhos azuis…Marie.

Dei-lhe o meu melhor sorriso e logo todos seguiram o exemplo da menina, dei-lhe m abraço e sentei-me no meio deles.

“Que se passa James?” Dirigi-me para o rapaz que estava sentado num canto sozinho.

“Nada” ele respondeu curto.

“Eu não acredito muito nisso”

“O meu pai acha que a culpa da minha doença é a minha mãe” ele disse demasiado rápido para o meu cérebro…este demorou um pouco a assimilar e a juntar as suas palavras.

“Querido ninguém tem culpa disto… e o que te fez pensar que ele tem razão?” Abracei-o de lado e senti as suas agarrarem a minha cintura.

Ele não respondeu, mas espero ter ajudado…

“Halley” ouviu a Marie me chamar. “O Michael?”

“O Michael? Querida não sei…” os seus olhos azuis olharam-me confusos.

“Tu eras namorada dele” Marie disse, mexendo freneticamente no seu vestido florido.

“Sim…mas o Michael foi embora e eu e ele deixamos de nos falar” como é que se explica a uma criança que os namorados se podem separar?

“Tu não gostas dele?” Ela olhou para cima, para conseguir olhar para o meu rosto.

“Gosto…muito”

Ele sorriu-me com todos os dentes dela, chamou a Juliette, sussurrou-lhe algo e pegou num pedaço de cartolina cor-de-rosa e deu-me.

“Faz um desenho comigo e com a Marie para dares ao Michael e assim vocês voltam a ficar felizes” Juliette disse dando-me um sorriso doce.

Ri com as suas palavras, mas la cedi aos seus olhos azuis doces.

|| Hi or Hey

Bem, este cap está…diferente dos outros e tem mais um pouquinho de “historia”.

Para o próximo querem um p.o.v do Michael ou um da Halley… a decisão fica a vosso critério lindas *-*

Obrigada pelos novos gostos! Aumentaram de um dia para outro e fico feliz por isso ter acontecido… bem-vindas novas leitoras.

Comentem por favor.

Adoro-vos a todas <3  ||

They Will Only Care When You Are Gone ✈ m.cOnde histórias criam vida. Descubra agora