Destiny ⚓ JIKOOK || KOOKMIN

⚓ Fifteen ⚓

⚓ #AnjoOuDestino ⚓ 

Boa Leitura! ❤ 

⚓ ⚓ ⚓ 

“A verdade dói, mas a mentira destrói. Destrói vidas, sonhos e perspectivas. Mas a principal destruição é a do caráter que imaginamos que aquela pessoa possuía!”

~ Iara Glenda

⚓ JIMIN ⚓ 

     Durante o trajeto até minha casa, tive a mente bombardeada por perguntas para as quais não há como responder. No entanto, o estopim para a explosão de tudo o que venho guardando por anos foi atingido no instante em que vi meus pais brindarem em comemoração ao fechamento de um grande negócio. 

     A hipocrisia reina entre ambos, e infelizmente fiz parte desse meio por todo o tempo em que me recusava a enxergar o mundo fora da bolha em que fui criado. Por um lado comemoraram a entrada de mais capital, e pelo outro são capazes de abandonarem um familiar sem qualquer suporte para uma vida estável. 

     Sei que não sou a pessoa certa para julgá-los, mas tenho o direito de saber a verdade após tantos anos sendo enganado por eles. Minha avó poderia estar segura em nossa casa, tendo suporte de enfermeiros particulares e o apoio dos familiares, porém está isolada sem ver aqueles que ama há pelo menos duas décadas. 

     A mansão Park conta com diversos quartos, muitos deles fechados ainda que ostentam o luxo nos mínimos detalhes. Me questiono onde errei ou o que ignorei ao longo da vida para merecer tudo o que estou passando, pois ao menor sinal de estabilidade, o universo encontra um novo meio de me lançar ao chão. 

     – Meu príncipe, venha brindar conosco. – disse minha mãe, me convidando para o meio deles como se nossas vidas fossem um oceano de perfeição. 

     – Não, meu estômago está péssimo. – parei no meio do cômodo, encarando ambos sem humor algum. – Sente frio, pai? 

     – É óbvio que não, essa casa tem um ótimo sistema de aquecedores. Você está bem, meu filho? – ele me encarou, ficando totalmente confuso ao ouvir minha gargalhada sem o menor resquício de humor. – Por que não se junta a nós? Não quer saber o que estamos comemorando? 

     – Certamente não é algo relacionado à quem batalhou a vida inteira para construir a fortuna da qual usufrui hoje. Por favor, não me chame de filho, o senhor perdeu esse direito assim como todo respeito e admiração que sentia por vocês. – eles continuaram estáticos diante de minha reação. – Quando pretendiam me contar a verdade? Isso se tivessem a intenção de dizer algo. 

     – Do que está falando, Park Jimin? – a mais velha indagou, tentando de todas as formas me acolher no abraço que recusei por nojo. 

     – O seu marido, senhora Park. O homem que passei a vida admirando como um herói, mesmo sendo ausente na maior parte das vezes. – apontei na direção do mais velho. – Este ser desprezível ao qual chamava de pai, ele... Foi capaz de abandonar a própria mãe em um asilo sem a menor empatia. 

     – Não foi assim, meu príncipe. – disse ela, tentando se aproximar novamente e revelando o que tanto temia. 

     – Então a senhora sabia disso? – indaguei, sentindo meu peito queimar como brasa. – Eu sou mesmo um estúpido por acreditar em vocês.