⚓ Twenty Four ⚓

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Boa Leitura!

“Quero colo. Quero cafuné. Quero beijo. Quero mordida. Quero abraço. Quero você.”

~ Roger Stankewski

JIMIN

     Pude entender melhor o propósito da viagem ao apreciar cada sorriso no rosto de Jungkook, especialmente quando ele me apresentou a cada parte importante de suas origens. Sempre achei linda a forma toda orgulhosa que o mais novo falava da vila onde nasceu, e notei as pessoas incríveis que o cercavam na infância pela forma que também me acolheram.

     Jungkook cresceu cheio de riquezas que o dinheiro não pode comprar, e hoje sou capaz de entender suas ações mais duras no início do nosso relacionamento. Obviamente não foi a forma correta de abordar um paciente mentalmente estável, mas acredito que Jeon apenas não soube lidar com alguém que tinha uma visão limitada do mundo.

     Bom, nem todos nos receberam de uma forma amigável. Houveram poucos que nos olharam de uma forma estranha e sussurraram insultos em relação à nossa orientação sexual, mas Jungkook parecia não se importar. Seu posicionamento fez total diferença ao me encorajar contra o preconceito, que se tornou um mísero grão de poeira em um oceano de felicidades.

     Ficou bem nítida a saudade que Jungkook sentia, e soubemos aproveitar bem o resto do dia, mesmo estando sob baixas temperaturas. A casa onde meu namorado foi criado é de fato simples, mas é bem aconchegante e quentinha durante a noite, além da dádiva de ouvir de pertinho o barulho das ondas.

     No final da tarde, depois de um banho quente, vesti o pijama e corri direto para a cama. Tentei me aquecer debaixo do edredom, pois as roupas que tirei da mala não ajudaram muito na hora de conter a sensação do choque térmico.

     – Meu bem, precisa terminar de se vestir. – disse Jungkook, retirando algumas coisas de dentro de sua mala. – Coloque esse conjunto, é melhor do que o pijama.

     – Não vou sair daqui agora, está muito frio. – respondi, me embolando ainda mais no edredom. – Me deixa aqui quietinho, amor. Aproveita e deita aqui para me aquecer.

     – Me deixa calçar as meias em você então. – apenas observei, enquanto Jungkook cuidava de mim com todo carinho. – Não temos um aquecedor potente nessa casa, Jimin. Por favor, não podemos negligenciar sua saúde.

     – O que quer dizer com isso? – indaguei, me aconchegando sobre seu corpo assim que ele se deitou ao meu lado.

     – Não quero que pense que estou te expulsando da minha casa, está bem? Caso se sinta mal, quero que me avise e eu te levo para um hotel. – disse ele, acariciando brevemente minha bochecha. – Não precisa se torturar nesse frio ou se expor à alguma condição respiratória para me agradar, você não precisa disso.

     – Eu vou ficar bem, bebê. – o encarei, e sorri antes de deixar um selinho rápido em seus lábios. – Por favor, confia em mim.

     No instante seguinte, senti seu peso sobre meu corpo. O mais novo se posicionou entre minhas pernas, mas não havia malícia alguma em seu gesto. Jungkook acariciou meu rosto, me observou durante um curto período, e selou meus lábios em um beijo calmo.

     Depois de dias conturbados, é bom ver o sorriso e a calmaria retornando ao seu rosto. Jeon não combina com choro, dor e sofrimento, por isso todos à sua volta se esforçaram para trazê-lo ao seu estado natural.

Destiny ⚓ JIKOOK || KOOKMINOnde histórias criam vida. Descubra agora