Guilherme

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Guilherme

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Guilherme

A palavra "pai" ficou rodeando minha cabeça, não que eu não queira ser pai, sim eu quero, sempre quis na verdade, mas não nessas circunstâncias, não nesse aglomerado de confusão que se tornou a minha vida, não só a minha mais a da Sofia, "Será que o destino está brincando comigo?" Certo que é um filho com a mulher que sempre amei, que tomou meu coração pra ela a muito tempo atrás, mas são muitos fatores que não estão esclarecidos, será que ela ainda vai me querer depois de saber todas as minhas sujeiras, depois de saber tudo que foi escondido dela todos esses anos? Tomara que sim, porque eu não vou perde-lá, não vou abrir mão da minha mulher, tomara que ela me entenda, tive meus motivos.
Levantei de supetão assustando Bruce, que até o momento estava sentado do meu lado sem proferir uma palavra se quer.
- Bruce preciso soca alguma coisa, preciso pensar.
Sair em disparada pelos corredores do hospital, preciso colocar minha cabeça no lugar, ver as coisas com clareza antes de ver minha mulher, preciso... Nem eu realmente sei o que preciso, só quero gastar minhas energias.
Entrei no carro e sair pelas ruas de São Paulo a procura de um lugar com algo pra bater, "Não sei como vou socar com um braço só, esqueceu do braço bonitão?" Me sentir frustrado.
- Que merdaaaa...
Dirigir sem rumo pela cidade caótica perdido em meus pensamentos, não sei como vou jogar a merda toda no ventilador, será que ela me ama o suficiente para me perdoa?

"- Você é um imundo eu odeio tudo que é relacionado a você.
Sentir minha pele arde pelos tapas e chutes.
- Não sei por que ele quis deixar tudo pra você, você nem é filho legítimo dele, eu vou fazer você sofrer até o último dia da sua vida."

Balancei a cabeça com força, não posso voltar a ser aquele menino indefeso que era espancado pela mãe, se é que pode chama se mãe um ser que espanca uma criança. "Mãe!" Ela nunca foi minha mãe, ela foi um ser enviado só inferno pra mim atormentar, ela me pegou na rua de uma drogada qualquer que nem soube que seu filho foi roubado, Dona Luiza fez questão de jogar na minha cara que me roubou de uma qualquer que de tanto que estava drogada não viu, ela me roubou pra poder se casar com meu pai, depois de fingir uma falsa gravidez, ela queria o luxo e tudo que o dinheiro pudesse comprar, meu pai um juiz renomado e milionário se apaixonou perdidamente pela Dona Luiza, ela fez ele comer direitinho na mão dela todos aqueles anos. Com dois anos depois Gabriel nasceu o que se tornou o queridinho dela, hoje eu entendo o porquê antes eu me sentia um menino rejeitado, mas quando ela me contou toda a verdade chorei de odeio por viver uma mentira, ela me manipulou como manipula todos ao seu redor, aquela mulher não presta.
Parei o carro em um beco sem saída e me permite chorar até me sentir entorpecido, as memórias que tentei por tudo esquecer estavam me atormentando.

"- Você não é meu filho, Deus me livre de você ter saído de mim.
Ela estava com uma sinta, a mulher elegante e amorosa que todos viam estava me espancando pela milésima vez.
- Mamãe por favor, não me bate.
- Não me chama de mãe, EU NÃO SOU SUA MÃE!
Sentir um chute nas minhas costelas que me tirou o ar.
- Você vai me pagar por ele ter deixado tudo pra você, seu bastardo de merda.
Sentir a sinta nas minhas costas o que me fez se encolher no chão."

Ela nunca amou ninguém, ela não ama ninguém, ela amava o dinheiro do meu pai, ele sim foi um pai maravilhoso me amou, me fez um homem íntegro e honesto.
No decorrer dos anos tentei confronta a Dona Luiza, mas ela sempre tinha uma carta na manga e quando eu soube do verdadeiro pai da Sofia, ela me ameaçou e me internou em uma clínica de reabilitação, ela colocou drogas no meu carro e fez uma denuncia anônima para a polícia, fiquei um ano preso naquele hospício, dopado, cheio de medicação, até que um dia uma enfermeira viu que eu não era um viciado em drogas e me ajudou a fugir, foi diminuindo minha medicação até que fiquei limpo e me ajudou a fugir, daquele dia em diante jurei que ela ia paga por toda a desgraça da minha vida e é isso que vou fazer.
Limpei minhas lágrimas, respirei fundo, "Tenho que ser forte, pelo meu filho, pela minha mulher." Pode ser que Sofia não me entenda, que não queira mas me ver, mas meu filho precisa de mim ele não vai sofrer o que eu sofri, vou ser o melhor pai do mundo.
Um sorriso discreto se formou no meu rosto, a vida me deu apenas duas felicidades na vida, meu pai e Sofia, agora ela estava me dando mais uma, parece que a vida estava me dando a chance de ser feliz pelo menos uma vez, a chance de concertar meus erros de ser uma pessoa melhor e agora o que meu pai disse nos seus últimos suspiros fazia sentido.

" - Filho? Você é a melhor coisa que me aconteceu na vida, nunca duvide disso.
Ele tomou ar, e continou com dificuldade.
- Você um dia vai saber do que estou falando, você vai ver o poder que os filhos tem sobre os pais, não acredite em nada que sua mãe falar, seja forte.
O bipi dos aparelhos me deixaram em desespero."

Aquele dia foi o pior da minha vida, um garoto de sete anos sozinho no mundo.
A vida é tão engraçada que as vezes me sinto um fantoche nas mãos do destino, espero que não tenha como piorar, porque não vou sobreviver com mais perdas já sofri demais, já amei tanto e nunca recebi nada em troca, e meu filho estar me mostrando que posso amar, um amor puro e sem mentiras.
Preciso voltar pro hospital, preciso ser a primeira pessoa que a Sofia vai ver quando abrir os olhos, ela tem que saber minhas merdas, e se ela me amar vai me entender.

***

Continua...

Obs. Capítulo sem revisão!

Olá Doces Girls, demorei mais voltei, estamos chegando em uma fase delicada do livro, são muitas revelações e segredos vindo a tona.
Eu espero que vcs gostem, votem, comentem e compartilhem!

Me digam o que estão achando do livro por favor!

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Doce Sofia - (Série Obsessivos)Onde histórias criam vida. Descubra agora