CAPÍTULO 18

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‘’Eu te amo’’

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‘’Eu te amo’’

Aquelas três palavras martelavam na minha mente enquanto eu ainda me dirigia ao meu quarto. Sentia minha pele queimar onde Alice havia arranhado e apertado, como se me dessem lembranças de que ela esteve comigo. Apesar de tudo, do erro, do remorso, eu estava sorrindo como um idiota. Ela me amava, ela me pediu perdão. Mas isso era o suficiente para mim? Em que ponto aquilo podia ser a mais profunda verdade ou ser o mais profundo desespero?

Eu abro a porta do quarto e me deparo com Leila arrumada em um short curto, blusa colada marcando seu corpo escultural e seus óculos de sol enormes em seu cabelo. Ela me dá um sorriso e se aproxima de mim com as sua mala perfeitamente arrumada. Eu franzo o cenho confuso enquanto me aproximo dela.

-O que está havendo? –Pergunto ainda sem entender.

-Chegou cedo. –Ela murmura e passeia os olhos pelo meu corpo. –Ual! Ela é selvagem... –Ela aponta para os arranhões em meu peito. –A noite foi boa. –Ela completa e sorri de lado.

-Provoque mais, Leila.. –Eu digo revirando os olhos. –Está pronta? Eu vou tomar um banho para irmos. –Digo tirando a camisa.

-Só se você for um idiota. –Ela diz colocando as mãos na cintura.

-Como é? –Eu digo incrédulo com sua ousadia.

-A garota te ama e você também a ama Steve. Isso é um privilégio e vocês estão desperdiçando uma história juntos por guardar mágoas. Já aconteceu. Se ela não significasse nada você não teria passado a noite com ela.

-Eu já disse que não tem o direito de me julgar! Você também deixou o seu amor ir.

-Não mais. –Ela dá um sorriso largo. –Eu não dormi direito, só pensando no homem que eu deixei escapar porque errei, porque fui burra, porque fui covarde. Eu errei quando neguei esse amor por tanto tempo. Eu não quero mais fechar os olhos pro futuro que eu queria ter. Ser mãe, ser independente, ser uma grande estilista e principalmente estar ao lado do homem que eu amo. Mesmo que eu fique pobre, mesmo que eu more debaixo da ponte, o que eu não quero mais é ficar sem o John. –Ela diz e seca uma lágrima solitária. –Mesmo que não dê certo, mesmo que ele não me queira, eu não quero mais viver essa vida, não quero mais pular em camas, ter corpos que não me pertencem que não me querem de verdade. Eu vou pegar o avião até Chicago, mas ao chegar lá, comprarei uma passagem direto para Baltimore, vou atrás dele, direi que o amo, que errei mas que estou disposta a mudar por ele, a trancar a faculdade, a recomeçar, ao lado dele. E se ele disser não? –Ela dá uma pausa e suspira pesadamente. –Eu recomeçarei do mesmo jeito, lutarei, mas não desistirei do amor. Duvido amar alguém como amo o John, mas cansei de viver desse jeito, cansei de fingir indiferença.

Leila pega minha mão e acaricia e depois beija minha bochecha com carinho.

-E eu espero de coração Steve, que tome a decisão certa, que não deixe seu coração pesar com tanto rancor. Aproveite o que tem, tire um tempo para vocês, passem uns dias juntos longe de tudo mas ao menos tente ser feliz! Dê um ponto final ou uma vírgula para esta história. –Ela sorri largamente e abre a porta me deixando parado no meio do quarto como um pateta com tudo que ouvi da sua boca. –E eu espero que seja uma vírgula, como espero que seja a minha história com o John. –Ela sopra um beijo e dá dois passos em direção ao elevador mas logo regressa. –E meu nome de verdade, é Katie. Você perdeu a Leila, mas ganhou a Katie, sua amiga...

Recomeçar (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora