CAPÍTULO 19

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Minha boca estava seca, minhas mãos suando, meu corpo todo estava em alerta enquanto eu via cada expressão passar pelo rosto delicado de Alice

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Minha boca estava seca, minhas mãos suando, meu corpo todo estava em alerta enquanto eu via cada expressão passar pelo rosto delicado de Alice. Quando eu estava no quarto, o plano parecia simples: Ter Alice de todas as maneiras durante aqueles dois dias, usa-la de todas as formas para poder saciar o meu desejo até não haver mais nenhum resquício de desejo por ela e depois cada um seguir a sua vida sem incomodar o outro.

Mas vê-la totalmente muda me desconcertou por inteiro. Só de imaginar que ela poderia dizer não, deixava-me louco e insanamente vulnerável, já arquitetando um plano de beijá-la, transar com ela até que chegue a insanidade e finalmente aceite. Ela comprime os lábios rosados em uma linha rígida e seus olhos escurecem. Eu respiro fundo e encaro sua íris, exercendo meu controle que sei que tenho sobre ela. Alice se contorce desconfortável na cama e chupa uma respiração lenta e profunda e depois morde os lábios indicando o quanto estava nervosa. Eu passeio meus olhos em seu corpo rapidamente e fito os seus mamilos marcados na sua fina blusa de pijama, ela estava excitada, aquilo me deixava louco, imaginando como era ter Alice ao ar livre, totalmente ilhados, sozinhos resolvendo nossas questões da melhor maneira que sempre fizemos: SEXO.

-Sim. –Ela diz secamente.

-Ótimo. –Respondo no mesmo tom. –Nos encontraremos no píer daqui a 15 minutos.

-Mas preciso de mais tempo, preciso arrumar as roupas e..

-Quem disse que precisaremos de roupas?

Alice enrubesce na hora e morde o lábio nervosamente. Eu apenas sorrio de modo sacana e me levanto de sua cama.

-Espero você daqui a 15 minutos, Alice. E não demore. –Digo franzindo o cenho.

-Ok. –Ela responde desviando o olhar.

-Então eu vou indo.... Você pode pensar e decidir se quer mesmo ir, tem que saber onde está se metendo Alice.

-Não.. –Ela sussurra. –Eu realmente não sei, não tenho certeza de nada, mas quero correr o risco.

Eu suspiro pesadamente antes de sair do seu quarto e ir em direção ao píer, espera-la Ninguém saberia da nossa escapada até Garapuá. Ficaria entre nós, seria as primeiras regras que eu apresentaria a Alice, eu precisava por limites, usar a cabeça, ser frio, precisava arranca-la de mim.

O píer estava pouco movimentado, eu havia arquitetado tudo, os convidados só iriam embora no dia seguinte, ninguém nos veria saindo juntos da ilha. Eu sorrio de lado quando vejo um funcionário do Hostel trazendo minha lancha até o píer. Naqueles dois anos trabalhei como condenado, tripliquei minhas posses, não era esbanjador, mas resolvi procurar um refúgio para mim, um lugar que eu me reconectasse comigo mesmo, fugisse de tudo e encontrei isso em Garapuá.

Eu encontrei a ilhota por acaso, quando estava em Gamboa com Miguel para iniciar o projeto do Hostel, só tinha 3 meses que Alice tinha me deixado, ainda estava perdido, mas precisava reconstruir minha vida. Pedi a um guia que me mostrasse o lugar e ele me levou até as outras ilhas depois de Gamboa. Conheci o Morro do São Paulo que é sem dúvidas o mais famoso entre todos mas era também a praia mais cheia, para quem curtia festas, diversão, agito, conheci Boipeba, Canavieiras, Cairu mas quando ele parou em Garapuá eu senti paz, senti algo diferente naquele lugar.

Recomeçar (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora