CAPÍTULO 28

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Morar com Steve não estava parecendo mais uma loucura

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Morar com Steve não estava parecendo mais uma loucura. Apesar de ter apenas dias que havíamos nos mudado para o Rio de Janeiro, ele estava cumprindo o que prometeu.
Eu não me preocupava em fazer comida ou fazer serviços pesados de casa. Steve era muito atencioso e eficiente até demais. Todos os dias pesquisava coisas sobre bebês e gestação, curiosidades sobre o parto, horas adequadas de sono e melhores posições para dormir. Estávamos tão entretidos com o bebê que oi desejo e sexo estava esquecido no fundo de nossas mentes. Steve demonstrava ser um pai babão pois em dias havia mudado seu comportamento radicalmente.

Eu mastigava meu pão integral vagarosamente enquanto um Steve inquieto e ansioso andava em círculos pela sala. Era o dia da ultrassom, a primeira que ele participaria. Ele havia acordado antes de amanhecer e o café já estava pronto há duas horas atrás. Eu seguro a vontade de rir enquanto ele me olha com um olhar assassino. Além disso, seus pais estavam chegando a qualquer momento no apartamento. Steve havia contado sobre minha gravidez há dois dias e desde então Irina estava ansiosa para vir ao Brasil. Ela chorou ao telefone, me pediu perdão inúmeras vezes pelo nosso último encontro que resultou na catastrófica confusão.

-Será que você consegue ser mais lenta? –Steve diz colocando as mãos para o alto impaciente. 

-Não adianta eu me apressar se seus pais estão chegando. Só vamos sair daqui juntos, porque a pressa?

-Quero saber o sexo do bebê. Já tenho até os nomes...

-Eu também tenho os meus. –Eu arqueio uma sobrancelha para ele desafiadoramente.

-Ah é mesmo? Quais?

-Se for menino, Dominic. Se for menina, Maya.

-São bonitos mas o meus são mais. Lucien e Aghata.

-Nem vem, os meus são mais elegantes.

-Aghata é um nome forte! Lucien também.

Eu reviro os olhos para ele em desdém enquanto termino de tomar o meu suco. Steve cruza os braços desafiadoramente e eu me levanto da cadeira devagar.

-É justo eu escolher. Eu que estou enfrentando o intestino constipado, o sono absurdo, as mudanças de humor, as dores nas costas e enfrentarei o parto.

-E nada disso estaria acontecendo se eu não tivesse colocado meu espermatozoide em você.

Eu não me controlo e acabo gargalhando. Estávamos disputando como duas crianças mas no final eu venceria a batalha de nomes.

-Que bom que entendeu. –Steve diz presunçoso. –Será Lucien ou Aghata.

-Só por cima do meu cadáver Steve Reed. Será Maya ou Dominic e não se fala mais nisso.

Nossa discussão é interrompida com a campainha do apartamento. Eu respiro fundo enquanto vejo Steve se dirigindo até a porta. Eu mordo o lábio nervosamente e passo as mãos pelo cabelo ansiosa. A porta de abre lentamente e eu dou de cara com Zion e Irina. Eles abraçam e beijam Steve com ternura e logo Irina se dirige até mim. Seus olhos estão marejados e apesar do rosto um pouco abatido, ela continuava deslumbrante.

Recomeçar (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora