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Min Yoongi

Jin e eu estávamos assistindo a um filme aleatório que passava na Tv, os inícios do tratamento foi adiado. Decisão dele, mesmo que eu o tivesse feito pensar sobre o assunto por umas duas horas.

Não sei em que momento do filme comecei a observar seu rosto calmo enquanto ele prestava atenção na tela, minha mão estava em seu cabelo enquanto a outra permanecia próxima ao controle remoto. Me distraindo, olhei em volta e notei que ainda havia pequenos cacos brilhantes embaixo da mesa, nunca fui bom com a limpeza.

O que eu podia fazer? Quem é o doido que fica recolhendo todos os pedacinhos espalhados ?

— Estou cansado Yoon...— Rompeu o silêncio, me fazendo voltar a atenção para ele.

— Quer ir dormir ? — Perguntei me ajeitando no sofá de modo que ele conseguisse deitar em cima de mim.

— Não... Eu quero ficar com você mais um pouco.

— Eu vou estar lá.—Dessa vez ele assentiu e se levantou estendendo a mão, que eu aceitei de bom grado e me levantei, levando ele até o quarto. Percebo seu andar oscilar um pouco pelo corredor e o ajudo a chegar até a cama.

— Para de me tratar como se se eu fosse um bebê— Ralhou assim que se deitou na cama, me olhando emburrado.

— Talvez quando você parar de agir como um...— Acabei murmurando, mesmo me mandando calar a boca mentalmente.

— Eu não faço isso porque eu quero.—Sorriu satisfeito e eu sabia que ele estava feliz. Eu decidi levar a sério o que ele disse sobre voltar a ser o Yoongi de antes, é o que estou tentando fazer.— Vem cá.

Me deitei ao lado dele depositando um beijo em seu rosto e fechei os olhos na esperança de que ele fosse dormir.

— Yoongi...— Sussurrou antes de ficar em silêncio enquanto eu sentia seus lábios pressionando os meus em um selinho demorado.

— Hm? — Consegui responder entre mais alguns selinhos que estavam se tornando beijos sedentos.

Senti o peso de seu corpo ficar sobre o meu enquanto me virava na cama,e eu decido abrir os olhos ao colocar a mão em sua cintura. De repente ele para o que estava fazendo, se afastando de mim e se senta em meu colo, me causando um ligeiro desconforto.

Eu não podia fazer nada senão observar seus movimentos, com medo. Isso não deu certo das últimas vezes, e ele sempre acabava triste ou irritado, até mesmo cansado demais.

— Eu odeio esse olhar.— Murmurou e ao contrário do que eu esperava sua voz estava calma.

— Desculpa...— Pedi segurando em seu braço sem muita força.

— Não peça desculpas.— Começou a se movimentar em cima de mim causando uma fricção entre nossos membros ainda por cima da roupa e, se fosse em outro momento eu teria morrido, a saudade que eu estava sentindo de seu corpo poderia ter falado mais alto se não estivesse tão preocupado.— Eu não posso ficar bravo com você.

— Não fique.—Suspirei em satisfação umedecendo os lábios quando seus movimentos se tornam mais rápidos enviando uma onda de prazer pelo meu corpo. Apertei sua cintura enquanto ele parava, respirando um pouco ofegante e se concentrando em abaixar a calça do meu pijama, me deixando exposto já que não usava nada por baixo.

— Desculpa — Falou em voz baixa com a respiração curta apoiando as mãos em meu peito enquanto se levantava um pouco, me ajudando no ato de abaixar a sua.

Me senti confuso e desnorteado, não sei se foi pela fala dele, ou se foi pela excitação repentina.

— Deita. — Demandei em um quase sussurro e o mesmo me ignorou voltando a se mover agora sobre o meu membro, me provocando, enquanto eu estava em uma batalha interna entre me preocupar e deixar ele fazer o que bem entendesse.

O contato direto com sua pele me fez arquejar e impulsionar meu quadril, buscando mais daquela sensação.

— Eu estou bem...— Se afastou um pouco, pegando o lubrificante na gaveta e logo depois de abrir a embalagem, com as mãos trêmulas, espalha o líquido gelado por toda minha extensão, me causando um arrepio, e eu diria que ele parecia estar se divertindo ao fazer isso. Senti sua mão me apertar mas não consegui tirar meus olhos de seu rosto, e quando ele começou uma masturbação lenta antes de se auto penetrar, só pude fechar meus olhos e aproveitar o prazer torturante.

Quando ele se sentou, enfim me permitindo entrar sem muita resistência, parou na metade do caminho e eu não evitei o suspiro, colocando minha mão por cima da sua, sentindo o aperto de seu interior envolver meu membro necessitado. A sensação de estar dentro dele era única, e caralho como eu senti falta daquilo. Precisei juntar todo o auto controle que eu ainda tinha para não me mexer e acabar ferrando com tudo.

Esperei até ele se sentir completo e pronto para continuar, o que não demorou muito já que alguns segundos depois Jin começou saltar e rebolar em cima de mim ainda lentamente, me dando a bela visão do meu pênis entrando e saindo de dentro dele.

Um sorriso sincero brincou em seus lábios enquanto sua mão acariciava meus ombros antes de se apoiarem na cabeceira da cama. Me beijou de um modo diferente dos beijos anteriores e eu correspondi carinhosamente, sendo cuidadoso e tentando transmitir o quanto eu amava ele, o quanto estava amando aquilo.

Acabei gemendo alto surpreso pela mudança de velocidade e precisão de seus movimentos que me levavam ao limite.

— Me ajuda...— Suplicou guiando minhas mãos até sua cintura,e eu me sento rapidamente recobrando meu estado lúcido mesmo com a mente nublada pelo prazer.

Comecei a ajudar nos seus movimentos de subir e descer enquanto o mais alto mantinha seus olhos fechados respirando com dificuldade.

— Não para, okay ? — Voltou a falar antes de jogar a cabeça para trás murmurando o quanto isso era bom. E quando sua atenção está de volta em meu rosto, pude ver suas pupilas dilatadas e seu cabelo levemente desordenado. Só aquilo podia ter me causado um orgasmo facilmente, mas eu queria prolongar aquele momento o máximo possível.

Apenas assenti sem conseguir focar muito bem ou formular uma resposta coerente, com o prazer alucinante que consumia toda minha concentração.

Um gemido mais alto veio dele, assim que seu rosto caiu entre a curvatura de meu pescoço, me causando uma sensação de conforto ao sentir seus lábios roçarem minha pele.

Minha batalha interna não existia mais, estava completamente entregue a ele tanto quanto ele estava pra mim.

Percebendo seu cansaço, fiz com que Jin se deitasse sem me incomodar em me retirar de sua estreiteza e fico por cima, o estocando em um ritmo frenético, imerso em nossos gemidos que se misturavam e causavam um eco pelo quarto. O deleite cada vez mais palpável entre nós.

O orgasmo se formando e se aproximando, domando meus pensamentos de forma que eu não conseguia parar.

Jin não estava muito diferente, seus olhos permaneciam fechados com seus lábios entreabertos, soltando gemidos altos e palavras desconexas.

Senti os espasmos de seu corpo e seu interior me apertar quando ele chega ao ápice, me puxando para o mais próximo possível como se todo o contato fosse pouco. Isso foi o suficiente para me fazer gozar com um gemido rouco e arrastado, tendo minha visão embaçada enquanto continuava me movimentando dentro dele, tentando prolongar aquilo.

Depois de alguns minutos assim, ouvi sua respiração agitada e ainda com a cabeça deitada em seu peito sinto seus batimentos cardíacos rápidos, mas ele estava bem. Saio de dentro dele e me deito ao seu lado prevendo que não iria me soltar tão cedo, e assim o fez. Eu sabia que ele estava preocupado, a doença havia feito ele perder o tato sensorial em algumas partes do corpo, as vezes não conseguia manter a ereção por muito tempo e se culpava por isso.

Talvez passasse pela cabeça dele que eu fosse procurar outra pessoa.

Afastando todos esses pensamentos eu retribui o abraço, beijando seu ombro antes de voltar a olhar seu rosto e sorri, mas ele já havia dormido.

meus 10 motivos [yoon.jin]Onde histórias criam vida. Descubra agora