Capítulo 13

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- Disse que... quer falar sobre ontem?

- Isso. Ontem foi longe de mais.

- Eu...

- Por favor, deixe que termine de falar - assinto receosa. - Você tentou fugir duas vezes essa semana e ontem... ontem era noite de lua cheia. Diga, você planejou isso, achou que algum dos lobisomens me mataria e assim estaria livre?

- Lobisomens? Aquilo... aquilo eram lobisomens?

- Certo... bom, claro. Lobos normais não são daquele tamanho, lobos normais não podem me ferir. O fato é, se o HoSeok não estivesse lá, provavelmente estaríamos os dois mortos.

- Eu realmente não sabia, eu apenas... fui. Sinto...

- Você já está aqui há pouco mais de um mês - ele interrompe. - E sua estadia aqui não tem agradado nenhum de nós dois - entro em pânico. Ele vai me matar. Eu irritei ele ontem e ele vai me matar. - O que aconteceu?

Levanto assustada e ele me encara confuso.

- Me chamou aqui para me matar?

- O quê?

- Você não... eu não... por quê?

- Calma, o.K.?

- Calma? - continuo a me afastar. - Como quer que eu tenha calma? Você...

- Por que eu teria salvado sua vida ontem para te matar hoje?

- Porque você quer meu sangue.

Então ele está na minha frente segurando meus ombros. Fecho os olhos com força e ouço um suspiro cansado.

- Eu apenas pedi que me deixasse terminar de falar, pode fazer isso? - abro os olhos e afirmo minimamente. Ele solta meus ombros e volta a sentar na mesa, apontando para o local no qual estava e acompanho seu movimento. - Como eu disse, você ficar aqui é um incômodo, por isso, acho melhor que vá embora.

- O quê? - pergunto tão surpresa que sai mais alto do que pretendia e ele revira os olhos.

- Estou te expulsando - desvia o olhar de mim.

- V-você...

- Não da minha minha casa, da floresta. Não poderá mais entrar aqui, muito menos falar sobre o que aconteceu aqui, se não irei realmente matá-la - fala sério os olhos presos aos meus.

- Você... está me deixando ir? - pergunto mais surpresa do que esperava.

- Não sem antes fazer algo por mim.

- Que seria...?

- Amanhã virá uma pessoa importante. Você vai vestir o que eu deixei separado no seu quarto, vai recebê-lo comigo e se comportar enquanto ele estiver aqui.

- Depois vou embora?

- E não vai mais voltar.

- Por quê?

- Eu não quero que volte - fala dando de ombros e relaxando na cadeira.

- Por que vai me deixar ir? - explico.

- Percebi que você não vale a pena.

- O quê?

- Te sustentar aqui apenas para beber seu sangue... além de trazer vários problemas e eu quase ter morrido por sua causa, você nem cheira tão bem assim. E, antes que pergunte por que não te matar, eu não quero mais problemas.

- Então eu sou um problema.

- O que mais você seria?

- Certo - falo arrastando a cadeira para sair, mas ele faz isso antes, deixando-me estática com um nó na garganta.

The Curses of Schwarzwald - Cursed Plant (knj) (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora