Levo alguns segundos para pensar no que dizer:
- Bom, não há ninguém aqui agora. É a sua chance. Pode me matar - e relaxo, diferente dele, que tensiona encarando-me estático. - Não sou o lanchinho?
- Apenas vá embora, antes que eu realmente mate - diz afastando-se.
- Se você continuar prometendo isso sem cumprir, começarei a pensar que é mentira - falo sem levantar e um trovão rasga o céu num estrondo.
- Por favor, vá embora.
- Por quê?
- Eu não quero te ver. Não quero te ver nunca mais - diz e suspiro.
- Certo - levanto irritada.
- Vá pela clareira - rio do seu cinismo.
- De que te importa? - pergunto ainda mais irritada. - Você não sente nada por mim, não quer me ver nunca mais. Sendo assim, não quero que demonstre preocupação comigo. Não quando vai dizer que não significo nada para você e mandar que vá embora em seguida - solto as palavras em fúria, próxima dele. - Pois saiba que você não manda em mim.
- Certo. Não encare como uma ordem então. Encare como sobrevivência. Qualquer idiota sabe que árvores atraem raios.
- F*da-se, NamJoon - entro na floresta sem me importar com o que ele disse, mesmo sabendo que está certo - Bastardo idiota, filho da puta. Não Pode apenas admitir que se importa? - reclamo sozinha, passando pelas vegetação alta, mas não demora muito para que sinta algo segurar meu corpo, puxando-me para trás, e grito ao mesmo tempo que uma árvore é atingida por um raio, começando a pegar fogo.*
Encaro NamJoon, que ainda me abraça, e percebo que passaria por aquela árvore no exato momento. Poderia agradecer, mas ainda estou irritada. Então apenas solto os braços - que acabaram rodeando seu corpo quando o céu ficou claro - esperando que ele faça o mesmo, mas voltamos à clareira.
- NamJoon...
- Eu me importo.
- O-o quê? - pergunto estática.
- Eu me importo. E por isso você tem que ir.
- Você...
- Você não me conhece. Eu não valho a pena. Aqueles dois homens, eu torturei eles até a morte. Eu perdi o controle. Eu quase te matei.
- Mas...
- Olha, eu sempre estou com fome e isso nunca foi um empecilho para mim. Sempre me forcei a parar, mas o cheiro do seu sangue é tão forte. Me deixa aceso, me deixa tonto e eu não sei por quanto tempo eu consigo me controlar.
- Eu não acho que você vá me machucar. Não mais pelo menos.
- Eu realmente sinto muito por tudo, mas eu tinha que achar um modo de te afastar. Eu realmente queria você. Mas isso não é desculpa para que você me perdoe, eu não quero que me perdoe. Quero que aprenda e esqueça essa idiotice de procurar vampiros.
- Você... gosta de mim - falo. - Não quer que eu fique com você porque... gosta de mim?
- Não é para você olhar desse jeito. Eu estou dizendo que sou perigoso. Que você devia fugir de mim.
- Devia ter pensado nisso antes de tomar seis tiros e ser mordido por um lobisomem por minha causa. Sabe, isso conquista qualquer mulher.
- Certo, mas eu também te sequestrei e machuquei várias vezes. Qual o seu argumento contra isso?
- Pessoas mudam?
- Não.
- Qual é, NamJoon? Eu, por algum motivo, sinto atração e carinho por você. E você, por algum outro motivo, sente o mesmo por mim. Quer dizer, eu acho. Por que não tentar?
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The Curses of Schwarzwald - Cursed Plant (knj) (CONCLUÍDA)
FanfictionSEGUNDO LIVRO Uma Jovem viciada em contos sobrenaturais entra na Floresta Negra - a qual reza a lenda ser amaldiçoada - buscando provar aos primos que estava certa sobre a existência de tais criaturas. Após ser atacada por sua prova de sanidade, ela...