CAPÍTULO 5

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Aurora

Desperto sentindo um corpo deliciosamente firme sob o meu. Abro os olhos um pouco confusa e dou de cara com o diabo, vestindo apenas uma calça de malha. Minha boca se abre quando olho mais atentamente seu tronco e os braços, quase que inteiramente tatuados.

Nunca imaginei que Theodore fosse do tipo que gostasse disso, apesar de ter as duas orelhas furadas e exibir uma pinta de playboy. O problema, é que sou fascinada em homens tatuados, é algo que relaciono ao perigo, não sei explicar. Passo os próximos minutos traçando delicadamente todos os desenhos espalhados, sem emitir nenhum som para que ele não acorde e me pegue com a guarda baixa.

Outra coisa que não posso negar, é o quanto seu corpo é forte e coberto por músculos bem definidos. Arrasto meus dedos pelos gominhos em seu abdomem até chegar bem próximo ao elástico da calça, onde vejo um volume começando a se formar.

Olho para o dono desse corpo de dar água na boca e constato que continua dormindo profundamente. Desço meus dedos mais um pouco roçando de leve seu membro que reage em resposta. Sendo um pouco mais ousada, começo a erguer o elástico da calça junto com a cueca e dou de cara com uma terceira perna, porque puta merda! Que pau é esse? Minha boca seca e meus pensamentos se tornam um grande espaço em branco.

Theodore é de longe o homem mais bem dotado que já vi em toda minha vida, capaz até de tirar a sanidade de uma freira. Passo um dedo pela cabeça rosada e decido que é melhor parar antes que ele acorde e me acuse de assédio sexual. Solto sua calça com delicadeza e me levanto bem devagar.

Assim que chego ao banheiro, dou uma última olhada para trás e ele continua da mesma forma. Respiro fundo aliviada e olho o meu reflexo pelo espelho, é nítido o tesão que estou sentindo nesse momento. Me desfaço de minhas roupas e entro debaixo dos jatos de agua, com a imagem daquele pau maravilhoso tatuado em minha memória.

Me recuso a tocar meu corpo pensando nesse infeliz, por isso mudo a água para o mais fria que o chuveiro permite e só saio quando meu queixo começa a tremer. Enquanto me seco, escuto passos pelo quarto e depois uma porta se abrindo, agradeço internamente por não ter que vê-lo agora.

Caminho até o closet, abro a gaveta de lingeries e escolho um conjunto rendado preto. O sutiã não tem bojo o que deixa meus mamilos á mostra pelo tecido transparente e a calcinha é tão pequena, que mal cobre minha intimidade. Coloco meu scarpin louboutin vermelho e me olho pelo grande espelho. Será que serei demitida se ir trabalhar assim?

Suspiro frustrada por não ter conseguido salvar ao menos uma muda de roupa, do dilúvio particular que houve no meu apartamento. Encosto no espelho, fitando as centenas de roupas masculinas á minha frente e é quando uma ideia louca me vem à cabeça. Espio o quarto em busca da praga e não o encontro em canto algum.

Começo a vasculhar as peças separadas por cores em seus cabides e paro na "sessão" das camisas. Pego uma preta de mangas compridas e visto rapidamente deixando os primeiros botões abertos, dobro as mangas até os cotovelos e olho o resultado no espelho. Por sorte, ela é grande o suficiente para chegar até o meio das minhas coxas, mas qualquer abaixada será o suficiente para mostrar minha bunda.

Vasculho a segunda gaveta onde guardei minhas camisolinhas e baby dolls, até encontrar um shortinho de seda preto. Coloco por baixo da camisa e apesar de ser curtinho, da a impressão de ser um short social comum. Abusando da sorte, pego um cinto largo das gavetas do Theo e afivelo na minha cintura, aproveito para pegar um relógio grande e redondo na cor grafite e para finalizar meu look, uma corrente com plaquinhas no estilo militar.

Por sorte, sempre tenho um kit de maquiagem dentro da bolsa, para emergências. Aplico duas camadas de rímel e um batom vermelho vivo nos lábios. Penteio meus cabelos e paro em frente ao espelho para verificar o resultado final. Meus olhos não conseguem acreditar que aquela mulher do outro lado, sou eu. Parece que acabei de sair da capa de uma revista de moda famosa.

Rendição - Série Domados ▪ Livro 3 (+18) Onde histórias criam vida. Descubra agora