CAPÍTULO 18

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Theodore

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Theodore

Positivo...

Fico parado ao lado da cama, olhando fixamente os cinco palitinhos em minhas mãos. Uma mistura de sentimentos estão em guerra dentro de mim. Choque, surpresa, medo, alegria e até mesmo, amor. Meu sonho sempre foi ser pai, apesar de ser taxado como o mais mulherengo do trio, eu daria tudo para ter o que Henry e Anthony tem.

Não posso negar o ódio mutuo que compartilhávamos, provoca-lá era a melhor parte do meu dia, mesmo que isso me rendesse alguns hematomas depois. Eu enxergava Aurora, como uma mulher insuportavelmente irritante e o simples fato dela respirar o mesmo oxigênio que eu, era motivo para discussões.

Mas, depois que a encontrei naquele banco de praça, chorando desesperada por ter perdido tudo que tinha, percebi que ela assim como qualquer outro ser humano, tem seus momentos de fraqueza e vulnerabilidade. Percebi que toda aquela arrogância, era apenas uma mascara para esconder a verdadeira Aurora, uma mulher que apesar de demonstrar força, tem dentro de si uma fragilidade encantadora.

Passei a sentir uma vontade absurda de protege-lá, um cuidado e carinho que jamais imaginei sentir por alguém. Comecei a reparar nos pequenos detalhes, como a forma que ela torce os dedos sempre que esta nervosa, ou pisca três vezes seguidas quando está mentido. Sei que ela odeia ervilhas e adora sorvete de nozes, chocolate só se for meio amargo e o café expresso, tem que ser um delicioso latte de baunilha com uma pitadinha de canela. Mesmo estando calor, não consegue dormir sem um cobertor, ursinhos de pelúcia a deixam nervosa, não pode ver um cachorrinho na rua que um sorriso lindo se abre em seu rosto e sempre que se concentra em algo, morde o lábio inferior inconscientemente.

Não consigo mais ver minha vida sem essas pequenas coisinhas. Acho que me apaixonei no momento em que nos esbarramos naquele corredor, apenas não tinha me dado conta, e quando ela veio parar no meu apartamento, esse sentimento veio á tona gradativamente. Eu amo essa diaba.

Aurora sai do banheiro apressada e entra no closet ainda sem olhar em minha direção. Os minutos vão passando e quando vejo, ela esta arrastando aquela maldita mala, pega sua bolsa sobre a cama e para na minha frente olhando para qualquer ponto do quarto, menos para mim.

- Eu... eu queria agradecer por ter me deixado ficar, foi muita generosidade sua, obrigada. - Essas palavras são como um soco na boca do meu estômago, ela começa a andar em direção a porta mas eu seguro seu braço a impedindo de sair.

- Porque? - Pergunto sem mostrar os testes.

- A culpa não é sua... eu preciso ir embora, agora. Antes que as coisas comecem a se complicar.

Rendição - Série Domados ▪ Livro 3 (+18) Onde histórias criam vida. Descubra agora