cap.14: apelo

90 12 9
                                    

Ann Lynn.


Antonella e eu andamos pelo shopping nos distraindo ate o final da tarde, mas minha cabeça estava mesmo era no Taylor em casa com nossos pais.
Assim que nossa conversa acabou, ele resolveu abrir o jogo de vez para o pai dele e foi na frente para acalmar as coisas.
Eu supus que assim que chegasse, tudo estaria meio estranho, mas não imaginava que o caos se elevaria até o mais alto nível dentro daquela casa.

Entrei pela porta da sala sem falar nada, mas ja podia ouvir parte da discussão entre meus pais e Taylor, falando de mim.
Larguei as sacolas no sofá e andei sorrateiramente até a cozinha, atenta para ouvir mais sobre a conversa alheia.
E foi então que ouvi pela primeira vez..

— se o problema é eu ser irmão dela, então não quero mais ser seu filho! Eu me recuso a te chamar de pai, se for pra ficar longe de quem eu amo!- Taylor berrou.

Me esgueirei para perto da porta da cozinha e dali pude ouvir mais eles falando, porém oque eu ouvia me dava vontade de sair dali cada vez mais.

— você é mesmo um filho muito ingrato! Eu te dei tudo! E é assim que você me paga? Me dando as costas?- John esbraveja.

— eu só estou te dando um aviso.. Se não puder ficar com ela por bem, ja sabe que não precisa me chamar de filho daqui pra frente.- afrontou.

— a questão não é só essa querido..- mamãe intervém- Ann Lynn é muito mais nova que você, e nós nos preocupamos com os sentimentos dela também.- completou.

— ela não é tão mais nova assim, são só quatro anos! Ela não é mais uma criança, e eu a amo! Eu jamais magoaria ou faria qualquer coisa para magoa-la.. Sabem disso.- Taylor finaliza.

Mamãe ficou em silêncio por um momento e eu acho que ouvi John suspirar.
Pensei em entrar e dar minha opinião sobre tudo, mas como o clima havia se diluído, decidi subir para o quarto e esperar o Taylor para conversarmos.

Depois de ouvi-lo negar a própria família para ficar comigo, eu não tinha mais dúvidas sobre o amor dele.

__________________________________

Taylor.

— eu não quero que seja uma ameaça...- comecei.

— não mesmo? Tem certeza? Por que eu acho que está tentando do jeito errado então!- John retruca.

— ... eu só quero que entenda. Pai, eu a amo. Não consigo tirar isso de mim, eu ja tentei. Acredite, eu tentei.- enfatizo.

Daise me olha pensativa e então suspira pesado também, os dois se olham e John dá sua palavra final.

— mesmo que nós aceitemos isso, eu ainda estou bravo com você. Nos desrespeitou dormindo com sua..

— ela não é minha irmã!- digo entre dentes antes dele continuar.

John respira fundo e completa.

— .. Você dormiu com ela sob o nosso teto! Nem imagina como me sinto traído nesse momento. Eu não quero ter que falar sobre isso mais, e também não quero ver você nessa casa de novo.

— John!- Daise intervém.

— eu ja decidi! Quero você fora dessa casa ate amanhã de manhã.- ele se retira após dar sua última cartada.

Daise e eu nos olhamos e ela responde.

— você não precisa sair hoje, pode dormir no sofá. Não quero que tenha que procurar um lugar ou dormir na rua.

Meu meio irmão muito idiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora