Foram momentos muito difíceis e duas pneumonias seguidas, mas nossa fé foi maior. E um pouco mais de um mês após o incidente, Eduardo voltou para casa. Foi cercado pelo carinho das meninas, nosso apoio, a ajuda incondicional do João e uma fisioterapeuta logo o fizeram voltar a andar.
Dois meses depois ele estava voltando para academia de lutas e aceitou o convite do meu pai para trabalhar como advogado na central da franquia de chocolates. O interessante foi meu pai descobrir que ele era excelente em contabilidade e rotas para transporte. O pior é que aprendeu muito sobre isso enquanto ajudou a controlar o tráfico de drogas trabalhando como infiltrado. E o que temíamos que eram muitas viagens para conhecer os franqueados e assinar aos contratos transformou-se em um emprego de meio período no escritório e meio período em casa trabalhando à distância.
As meninas adoravam ter o pai muito presente. Meu peso reduziu muito porque havia alguém para me ajudar nas horas de sufoco com provas e trabalhos da faculdade. Eu desmamei a Poliana quando ela completou um ano e quatro meses, na verdade, ela desmamou de mim. Foi perdendo o interesse e dava preferência para comidinhas e frutas. Dois meses depois eu e o Lucas conseguimos passar um final de semana de casal em uma pousada. Foi o primeiro momento somente nosso, de muita felicidade.
A Poliana começou a chamar tanto o Lucas quanto o Eduardo de pai e decidimos não corrigir e sempre falávamos que o papai número 1 era o Eduardo. Foi necessário criar um conjunto de regras para as meninas e colocamos tudo em um papel para depois aplicar. O Eduardo era mais severo e muito controlador na dieta e eu muito fácil de cair na conversa das meninas, o Lucas ficou meio de secundário e só ajudou a desempatar alguns itens. Mesmo com toda nossa boa intenção de fazer tudo dar certo foram necessárias conversas francas e regras muito bem estabelecidas para funcionar.
Durante os dois anos seguintes nós conhecemos duas namoradas do Eduardo, mas quando as meninas não aprovavam as candidatas ele encerrava o namoro. Acho que eu teria feito à mesma coisa.
A primeira era uma moça bonita que praticava lutas na mesma academia que ele. Eu a vi poucas vezes até que um dia almoçamos juntos. A Poliana segurou o braço dela com as mãos sujas de chocolate e ela além de reclamar de forma incisiva correu para lavar o braço. Foi a última vez que nos vimos.
A segunda moça ele conheceu em uma das poucas vezes que saiu com o pessoal do escritório para um happy hour. Era mais alta que a primeira e trabalhava com eventos. Essa ele demorou muito mais para nos apresentar, e ficavam juntos quando era minha vez de ficar com as meninas. O Lucas brincava que o romance não daria certo, segundo ele a demora em nos apresentar era porque com certeza ela não servia para as meninas e como o Eduardo era humano estava aproveitando apenas o namoro.
As profecias da família do Lucas eram muito boas. Primeiro o Yuri acabou acertando quando mentiu para imprensa que eu e o Lucas éramos um casal, e a segunda era a ideia do Lucas sobre a moça que o Eduardo estava ficando. Ela estava um pouco nervosa quando nos conhecemos, as meninas não sorriram e ainda ficaram bem emburradas. Eu não sei ao certo o que houve, uma antipatia pelo olfato talvez. O Lucas achou que foi a forma que ela grudou no Eduardo fazendo voz fininha e biquinhos que devem causado ciúmes nas meninas. Também nunca mais nos vimos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nossos laços de amor. COMPLETO
RomanceJuliana está grávida e passando pelo pior momento de sua vida, quando suas esperanças parecem estar se esgotando vai encontrar abrigo nos braços do seu pai e na família da sua madrasta. Durante sua trajetória, Juliana vai descobrir que quase tudo qu...