Irmãos. Parte 2.

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O carro estava repleto de um silêncio desconfortável. Apenas duas pessoas se mantinha bem no meio daquilo, Miriam e Big Al. As crianças se mantinha ameaçadas no banco de trás sem dizer nada, Oliver queria tentar falar algo, mais sempre que se virava para falar com sua família, ele sentia que um deles diria algo em relação ao desgosto que sentiam por ele no momento.

Miriam e Al: a mulher era totalmente desconhecida, ela parecia calma e quieta, não do modo tímido, era como se ela não se importasse, apenas estava ali seguinte o companheiro; já Big, sorria o caminho todo, parecia não perceber a situação atua, ou apenas ignorava, ele era alguém bem humorado e parecia ser aquele tipo de irmão que quando ver o outro com problemas iria ajudar, parecia.

Hatsune: depois de tudo que estava acontecendo, não conseguia ser calma e alegre. Parecia sempre estar pensando em algo que pudesse dar errado, a coragem que tinha havia sido completamente sugada, não entendia porquê, apenas não conseguia se acalmar. Pensou que depois do mercado, aquele sentimentos tivessem ido, fora apenas por um momento, pensava; mas agora não conseguia mais evita-los. Queria fugir, deixar tudo, repetir e repetir.

Luka se mantinha determinada e colocava toda fé e esperança sobre Oliver, era como se tudo que havia visto sobre ele era apenas um fragmento. Como ela lia muitos livros, aprendeu, nunca julgue um livro pela sinopse. Talvez o ditado fosse diferente, contudo ainda era valido. Você não pode passar alguns minutos com a pessoa e pensar que a conhece por completo. Por isso, mantéu-se convicta que tudo melhoraria, Oliver conseguiria. Era o que acreditava.

Oliver: continuava com os punhos cerrados de cabeça baixa. Ele temia o que ocorreria, não acreditava que tudo ficaria bem. Conhecia seu irmão, ele era alguém bom, porém as pessoas mudam, ninguém perdoaria Oliver se soubesse o que ele fez. O loiro acabou se colocando em um empasse em relação ao Fukase, ele sabia que as garotas não estavam tão irritadas com ele, todavia já o ruivo. Sabia que se contasse a ele, o mesmo acabaria o odiando inteiramente, se não fizesse também ficaria com raiva do loiro. Não havia opções.

Fukase: apenas olhava o caminho desconhecido que estava tomando. Sua mente e coração estavam em um tipo de luta interna em relação ao loiro. A cabeça dizia que não deveria acreditar naquele tão de Al e ainda mais em Oliver; o coração falava para se lembrar de tudo que havia passado ao lado do Loiro, que aquilo não poderia ter sido algo falso. Havia diversos argumentos de ambos os lados, quanto mais pensava naquilo mais doía. Sentia que parte do que fazia ele pensar que Oliver era alguém bom, tinha relação aos seus sentimentos por ele. Por um momento hesitou, que tipo de sentimentos fariam ele ignorar toda onda dos recentes acontecimentos, ele não deveria defender o outro apenas por realmente gostar dele. Certo?

O caminho permaneceu silencioso, o clima piorando a cada segundo. Em menos de algumas horas eles chegaram ao meio do nada. Al virou o carro e colocou ao lado de uma arvore:

-Desçam, chegamos - pronunciou de modo calmo.

-Você pode parar de agir duro com eles - Miriam se aproximou o olhando sério. - Você até parou com as gírias.

-Como? - Hatsune perguntou baixo para Luka que balançou a cabeça.

-Miriam! Vou perder a pinta de chefão - falou abrindo os braços.

-Por favor não faz ele começar - Oliver disse virado para a mulher - você sabe como ele é.

-Supimpa, vamos lá! - declarou animado andando na frente.

Nesse momento aqueles que não conheciam o maior se entreolharam claramente incertos, um vilão não falaria essas coisas. Bem, de toda forma ele poderia ser aquele tipo de cara que você nunca sabe ao certo o que ele está pensando. Os 'adultos' andaram na frente enquanto a trupe ia atrás dele. Sabiam que não havia para onde o time fugir, e que as coisas ficariam piores se fizessem.

Mesmo Que O Destino Nos SepareOnde histórias criam vida. Descubra agora