Perseguidos

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Eu não sei manter promessas. ;-; Era para sair amanhã.

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 Len vagarosamente se aproximou do grupo com um sorriso fraco:

-Vamos? - Pergunta um pouco com receio de atrapalhar o momento, mesmo sabendo que não tinham tempo

-Claro – Fukase fala sorrindo e segurando a mão do loiro

Com ajuda de Hatsune se levanta um pouco desajeitado. Len caminha até e passa seu braço pelos ombros do ruivo. Fukase se segura em Len enquanto não solta a mão de Oliver. A azulada caminha até o loiro e segura sua mão sorrindo.

Vagarosamente caminhão para fora do quarto. O local estava escuro fazendo com que os corredores parecessem infinitos. Hatsune apertou forte a mão de Oliver com medo. Seus passos ecoavam pelo corredor vazio e silencioso. Hatsune conseguia ver como de dia aquele lugar era cheio de problemas e pessoas correndo em seus devaneios, pacientes reclamando e desejando voltar ao seu antigo lar, enquanto outros... Nunca nem tiveram um lar. Nesse momento sua mente infantil vagou para imagem de Fukase a poucos passos a sua frente. Ele nunca tivera um lar, uma família, talvez até alguém com que pudesse contar. Passando toda a sua vida sendo alvo de críticas a mal olhadas. Sempre sendo submetido a solidão, isolamento. Talvez até se odiando todos os dias, desejando que aquele pesadelo chamado vida acabasse e pudesse ser acordado pelo sopro da morte. No final para Hatsune a vida de Fukase se tornara a caverna de Platão. Lerá nos livros sobre essa lenda. Obviamente não se encaixava totalmente no conto dele, apenas lembrava em alguns pontos. No final ele apenas queria luz. Hatsune mesmo ainda sendo uma criança e na maior parte do tempo se mostrasse ignorante e infantil, ela sabia da crueldade do mundo, dos erros de seu 'lar'. Mesmo sorrindo sabia o quanto morto estava por dentro. E ao olhar Fukase, ver o mesmo sorrindo a dia anteriores, é algo para ela... Surreal. Fukase sem saber havia sido tornado o alvo de toda admiração da pequena. Fukase não pensara duas vezes, mesmo machucado se colocou a sua frente para protege-la. Fukase sempre sorria para eles, tentando dizer 'está tudo bem'. Ela admirou isso. Viu que nem tudo que descobria sobre o mundo ser uma casca de podridão, estava totalmente correto. No final o que lera em um livro infantil era real. Sempre que houver a luz haverá a escuridão e sempre que houver a escuridão haverá luz. Ela havia pensado que poderia viver naquele mar obscuro com um sorriso falso e infantil era o suficiente, mas viu que mesmo naquele mar enorme haveria pequenas ilhas de luz onde poderia viver. Olhou para Oliver por um momento. O garoto parecia ser alguém aberto, mas em alguns aspectos e pensamentos Hatsune não tinha a menor ideia do que se passava naquela cabecinha loira. Enquanto Fukase para ela era admiração e reconhecimento, Oliver era seu alvo de curiosidade e atenção. Oliver um garoto cego na qual ela não sabia o motivo do outro acabar naquele lugar. A única coisa que confirmou sobre Oliver que ele tem milhares de cicatrizes sobre o corpo, ela prestará muita atenção nele no tempo que passaram juntos. Gostaria de perguntar como conseguira cicatrizes, mas certamente o outro criaria uma desculpa evitando o motivo real. Suspirou e voltou a sua atenção para a do caminho.

Finalmente chegaram no corredor da saída. Len os parou quando começou a ouvir vozes no corredor ao lado:

-Não acha muito cedo para nos chamar? - Uma voz grossa soa de modo cansado

-Claro que não! Esse é um caso sério - A voz de Rin saiu alto e um pouco neurótica. Fukase paralisou ao ouvir, Oliver sentiu um arrepio na espinha e Hatsune estremeceu

-Tcs... Onde é o quarto? - Outro Homem pergunta com a voz mais calma que o companheiro

-Me sigam – Ela falou enquanto seus passos se distanciavam

Mesmo Que O Destino Nos SepareOnde histórias criam vida. Descubra agora