Boa noite

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   Confuso, Fukase se levantou da cama. Ainda meio abatido com a conversa que escutara a segundos atrás. Caminhou pesado ate a porta tomando cuidado para não bater em nada já que a luz da mesma estava apagada. Abriu a porta e se espantou com o que viu em meio a escuridão do lado de fora:

-Fu! – Hatsune fala animada segurando a mão de Oliver. Fukase não podia ver por causa da falta de luz, mas o mesmo estava um pouco vermelho. Mesmo que Oliver sentisse a ardência no local, não sabia direito o motivo dela- Trouxe Oli! – Agora falava enquanto sacudia a mão do mesmo. Fukase sorriu com a cena e deu espaço para eles entrarem

-Cuidado está pou—Não se deixou terminar a frase. Seria estranho pedir para tomar cuidado com a falta de luz a um cego? Em sua mente aquilo era a pior coisa para se falar na hora

-Tudo bem eu estou acostumado a andar no escuro! -Hatsune fala animada- E além disso é sempre escuro para Oliver – Ela fala dando uma risada baixa e pulando na cama

-Oliver? – Fukase foi ao seu lado pensando que o mesmo estaria abatido com a piada da menor

-Sim? – Ele fala sorrindo parecia conter a risada

-Você não está? – Fukase pergunta confuso, mas sorrindo vendo a reação positiva dele

-Sim, as pessoas não fazem essas piadas por acharem desrespeitosas, para algumas pessoas ela é, mas eu sinto que isso é algo normal que... Ninguém nunca faz, mesmo que as vezes eu ache engraçado- Fala dando uma risada baixa em meio a fala- E bom saber que vocês não me tratam diferente!

Fukase o olha boquiaberto, mas logo sorri e dá uma risada baixa. Oliver por mais que visse aquilo com um modo de zombaria, sabia que ambos no local não tinham intenções de os magoar, quando Hatsune disse naturalmente sabia que aquilo era apenas uma piada inocente de uma pessoa que nunca iria querer o sofrimento do mesmo. Como resposta um sorriso singelo apareceu em sua face, mesmo que as vezes percebia que Fukase se continha, reprimindo falas ou ações, sabia que o mesmo só estava tentando não o magoar. Como Oliver não tinha como ver as outras ações das pessoas tudo que tinha era o que os mesmos falavam, tudo que podia captar das pessoas era da atmosfera que ficara a sua presença, o tom e modo que os mesmos agiam. Isso fazia com que ele passasse muito tempo pensando nas ações dos outros, e no momento para ele as de Fukase eram as mais confusas. Ele sentia algo quando o mesmo falava com ele ou segurava sua mão, não sabia o que era. Ele sentia sua respiração tremer quando sentia o outro muito próximo de si. Quando Hatsune perguntou se ele queria ir para o quarto do mesmo ele sentiu seu estomago borbulhar, o que fazia menos sentido ainda. Quando Hatsune perguntou se ambos eram muitos próximos sentiu suas bochechas corarem e sua voz sair tremula. Aquilo fazia tanto sentindo quanto ele dizer que aquelas piadas normais em seu pensamento, eram para magoa-lo:

-Não se preocupe! Sempre lhe tratarem como um de nós – Fukase fala após fechar a porta. Como uma ação instantânea e sem pensamento segurou a mão do mesmo o levando para cama ao lado de Hatsune.

Quando Oliver sentiu o mesmo pegando a sua mão sem aviso prévio, como se tivesse levado um choque, se arrepiou sentindo uma sensação nova passando das pontas dos seus dedos ate a ponta do seu nariz, corara na hora, mesmo querendo evitar o mesmo. Não sabia como parar aquela sensação estranha e nova. Por um momento se deixou viajar na sensação que agora tinha. Era um sentimento descontrolado que fazia ele querer se aproximar do mesmo. Sentiu vergonha por querer aquilo, mas tentou ignorar. Como não havia notado antes tentou marcar aquela sensação ao lado de Fukase. As mãos do mesmo são dedos compridos e por estranho que parecia sua palma é macia. Oliver queria negar ate a última gota, mas gostava dessa sensação e de como parecia que suas mãos encaixavam perfeitamente nas de Fukase. A sensação nem se comparava com a de Hatsune. Com Hatsune se sentia responsável por ela e um tanto preocupado com a mesma. Já Fukase era um choque de adrenalina que fazia seu coração correr mais rápido junto a sua respiração ofegante e tremula:

Mesmo Que O Destino Nos SepareOnde histórias criam vida. Descubra agora