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A sua cabeça doía, as vozes que ouvia eram grossas junto a risadas incomuns. As luzes passavam pelos seus olhos fechados os machucados. Se viu sendo arrastado para dentro de uma van preta. Um barulho forte e foi jogado novamente na escuridão.

Seus olhos tentavam se abrir para entender a origem dos gritos. Pessoas corriam a sua frente enquanto permanecia imóvel no chão. Olhou para trás e viu a Van queimando preste a explodir; a dor dominou.

Tossiu sentindo suas mãos pressas, estava dentro de um carro com banco macio. Não importou por um momento, contudo se assustou notando a falta de algo, ou alguém. O homem que dirigia o viu acordado e lhe deu algo. De volta a escuridão.

Sentiu algo sacudir seu ombro e uma luz forte atingir seu rosto:

-Vamos, garoto! - mascarado, o homem gritou.

-O que? - sussurrou confuso.

-Agora! - berrou novamente.

Sem responder ele levantou confuso, olhou em volta a procura de algum rosto conhecido, não havia ninguém. Sua cabeça girava por causa da tontura.

Estava na frente de uma rua 'quebrada'. O local tinha pedaços de metais e lixo espalhados. A sua volta havia cercas de arame que iam até onde seus olhos alcançavam, a sua frente uma prédio com janelas quebradas homens de todos os tipos berravam em saudação. O portal de metal enferrujado foi aberto.

Segurando seus braços o obrigou a andar:

-Ei, você viu meu irmão? - Al perguntou enquanto era empurrado.

O mascarado atrás de si nada respondeu, além de um forte tapa na nuca dele.

O salão de entrada tinha um tapete sujo e rasgado, sua cor natural já havia sido trocada pelo marrom. As paredes tinham marcas de tiros e facadas; as luzes do local eram amareladas. Havia alguns moveis quebrados e outros que haviam sido 'consertados' com fita.

Big olhava em volta sentindo um nó na garganta, estava sozinho apenas com um desconhecidos e cercado por gritos.

Subiu uma escada de madeira, na qual vários homens gritando com a sua chegada o esperavam. Assim que passou por cada um deles, os homens o 'presenteava' com algo. Alguns colares feitos de balas usadas, pintavam seu rosto, rasgavam suas roupas e mexiam no seu cabelo. O último lhe deu um pedaço de madeira com pregos:

-Você é bom em alguma arma? - o mascarado que o segurava perguntou.

-Nunchakus - Big falou com certa hesitação.

Al não sabia dizer, mas parecia que o mascarado tinha rido dele, isso não o agradou muito:

-Ei - exclamou.

-Nunchakus? - riu novamente.

-É, bicho, diga algo contra isso e eu uso esse pé de mesa, vai ser fichinha, sacou? - ameaçou usando a altura.

-Claro - o mascarado acenou -, mas você não vai sobreviver com essa atitude.

-Tipo matar cachorro a grito?

-É - gargalhou tentando se conter. - Olha - falou preste a abrir a porta- ela tem um joelho fragíl, o esquerdo.

No fim da escada o mascarado abriu a porta de madeira, e atrás dela tinha outra de arame. Os gritos aumentaram, e Al se aproximou, sendo forçado pelos companheiros que vinham de trás; tentou dizer um "calma, chapa", porém não foi escutado.

A sua frente viu que estava sendo jogado em um circo, e acima de si havia bancadas com outras milhares de homens e mulheres gritando, maquiados ou com mascaras cobrindo seus rostos. O teto era de vidro deixando a luz natural entrar, mas nos cantos da sala haviam grande holofotes iluminando o meio; dividindo a plateia da arena, jazia correntes, no qual os espectadores sacudiam fazendo o dobro do barulho.

Mesmo Que O Destino Nos SepareOnde histórias criam vida. Descubra agora