Que?

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Uma semana atrás

Fukase acordou com a cabeça doendo, sua mente girava e se sentia angustiado. Abriu os olhos e viu-se em um quarto arrumado e comum. Alguém havia trocado suas roupas vestia um moletom vermelho e uma calça preta, suas meias eram brancas. Se levantou olhando ao seu redor, havia apenas a cama, na qual estava deitado, um guarda roupa, possivelmente vazio, e uma escrivaninha.

Caminhou até a escrivaninha, onde jazia apenas um pequeno papel, no papel tinha algo escrito com uma bela letra:

"Bem-vindo sobrinho, provavelmente quando acordaste, eu não estarei. Porém meu filho, vosso primo, te receberá. Aproveite!"

Olhou o papel confuso, sem entender o que estava acontecendo. Abriu vagarosamente a porta do quarto e se deparou com um corredor.

As paredes eram beges e havia um longo tapete dourado e amarelo. Diversos quadros de desconhecidos estavam espalhados pelas paredes.

Caminhou seguindo pela esquerda. Logo chegou a um hall, no qual jazia duas escadas levando ao andar de baixo. Olhou para trás e sentiu sua respiração parar. Havia um quadro com a imagem de sua mãe com cabelos longos,, um homem loiro, muito parecido com seu pai, e uma criança em seus braços. Olhou confuso para imagem, ambos na foto sorriam. Se dirigiu até o quadro. Aquela imagem era impossível, ele havia nascido no leito de morte de sua própria mãe. Olhou confuso a criança era bem parecida consigo. Deu mais um passo e se assustou quando algum tipo de rock tocou extremamente alto.

Desceu as escadas se apoiando no corrimão. Estranhou a música, pela aparência do local seria mais 'comum' encontrar um som clássico, violinos e flautas, não uma guitarra e bateria se manifestando por todos os lados.

Desceu as escadas e seguiu a música. Chegou até a primeira porta negra. Bateu na porta por educação já que ninguém iria escutar de qualquer forma. A abriu.

Havia um garoto ruivo tocando uma bateria vermelha com brilhos. Ao perceber Fukase na porta ele soltou as baquetas:

-Ah - ele suspirou - você deve estar com fome.

O ruivo se levantou e foi até a porta do quarto:

-Venha, eu vou te dar algo para você comer.

Caminhando na frente o desconhecido guiou FUkase até a cozinha, e como o resto da casa lembrava algo um tanto quando 'jogação de dinheiro fora'.

Tinha uma pequena bancada de prata com banquinhos vermelhos:

-Sente-se ali - falou indo até a geladeira.

Fukase sentou e o encarou:

-Então... Você é meu primo? - coçou a nuca.

-Sim, o que parece - deu de ombros.

-HUm, pensei que todos os meus parentes estavam mortos - Fukase jogou na lata fazendo o outro se engasgar com o ar.

-Como? - o olhou confuso.

-Nah- deu de ombros - nem todos tem uma vida de ouro e prata.

-Ok, ok - balançou os braços enquanto levava para a pia de mármore coisas para fazer um lanche.

O garoto usava um moletom preto com meias coloridas, sua camiseta era folgada e azul marinho. Ele parecia um adolescente comum, nosso ruivo devaneou por um segundo se conseguiria ter uma adolescência comum, era claro que não:

-Então me diz- o outro começou - qual é seu nome?

-Fukase - deu uma pausa - Sparanto.

-Hum, não tem o sobrenome da sua mãe? - questionou voltando a geladeira e pegando uma jarra de suco.

Mesmo Que O Destino Nos SepareOnde histórias criam vida. Descubra agora