Dark Heart - Norminah

(30) Relapse

Hey gente, quero revisar a fic novamente ajustando pontuações e palavras (sim eu não sossego). Nesse capítulo troquei os traços entre as falas deixando na forma como quero deixar os outros capítulos. Me digam no final o que acharam, Ok? Dependendo do que geral achar eu vou trocar nos outros capítulos também. Caso notem algum erro me avisem que arrumo depois.

Boa leitura! :)

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Pisquei pesadamente sentindo meus lábios secarem e balancei meus dedos nervosa. Meus olhares voltaram para Dinah que permanecia focada no filhote a sua frente acariciando sua pequena cabeça, lentamente, levei o meu olhar para o lado da sombra que aparecia no reflexo vendo que não havia nada ali, confirmando o que eu temia ser

Tornei a observar a sombra através da placa e quase não dava para captar os detalhes de seu rosto, mas todo o seu formato era possível, as ondas do seu cabelo encaracolado permaneciam e o tamanho também. Foi como se eu voltasse no tempo, especificamente nos pequenos momentos do dia em que ela ficava com seus braços relaxados e suas mãos entrelaçadas a frente do corpo enquanto observava o movimento da rua pela janela, exatamente igual a como eu estava vendo naquele momento. Cerrei os olhos levemente quase convencida de que dessa vez eu estava conseguindo ver seus lábios e alguns traços a mais de seu rosto

Sorri encantada mesmo em meio ao susto por aquilo estar acontecendo exatamente ao lado de Dinah. Meus olhos brilharam a ponto de minha visão embaçar, mirei meus pés sentindo a água surgir em meus olhos, quando voltei a olhar na placa ela não estava mais ali... Meu sorriso se desfez totalmente, com rapidez rondei toda a garagem e tornei a encarar a placa piscando rapidamente na tentativa de fazer aquilo voltar

- Mãe... – Chamei baixo quase inaudível

- Falou algo? – Dinah subiu o olhar duvidoso para mim

- Oh... – Engoli seco e logo relaxei os ombros – Não, é que... e-eu preciso ir, estou com um pouco de dor de cabeça

- Está bem... – Estudou minhas expressões rapidamente desconfiada – Não quer algum remédio?

- Não, tudo o que preciso é dormir um pouco, acredite

- Qualquer coisa me ligue, ok?

- Pode deixar – Dei alguns passos para me despedir dela mas vi o Franklin se aproximar da garagem então logo recuei – É... Tchau Dj, até outro dia

Acenei e caminhei para fora passando por ele lhe dando um aceno também. Entrei no carro num solavanco e pousei minhas mãos no volante sentindo minha respiração descontrolar, tratei de dar a partida rapidamente para sair o quanto antes dali. Mirei o retrovisor dando uma última olhada na casa, meu sangue passou a ferver e pude sentir as lágrimas saltarem violentamente por meu rosto. Me amaldiçoei, a realidade deu um soco em meu rosto trazendo a tona tudo o que rondava em minha volta

Meu subconsciente passou a me alertar do quão assustador era a forma que eu estava ultrapassando os limites, quem em sã consciência aceitaria namorar com alguém sendo uma assassina? Uma pessoa suja, um monstro a solta que seria capaz de derramar uma quantidade significativa de sangue em apenas um dia, escondendo suas raízes tão bem durante toda a vida

Instantaneamente eu estava pensando em minha mãe, que poderia estar comigo hoje, eu poderia ter sido útil mesmo que muito nova, mas tudo o que fiz foi chorar alto e desesperada deixando que a levassem embora de mim