A - Ônibus

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Para quem não está estendendo nada:
Essa fanfic foi criada em 2015, porém continha muitos erros e foi criada por uma eu diferente da de agora, então a powertomlinson descobriu essa fanfic. Ela aceitou ser minha beta e me ajudar a concluir essa história e levá-la a outro rumo... Em uma direção que finalmente me agrade e não destrua a ideia inicial que tive quando pensei nessa história à tantos anos atrás.
Espero que gostem dessa nova versão: obrigada aos que acompanharam desde de sempre, e obrigada powertomlinson (Lara)💕.
Capa feita pela incrível: lwtjjk

~#~

25ºC.

Um dia excepcionalmente quente para uma cidade tão fria, fria tanto em relação ao clima como à população que ali vive.

Talvez uma população não tão fria quanto pareça para Harry.

Isso pode ser um dos motivos que ele estivesse usando tantas blusas nesse dia quente, estar cercado de pessoas frias o fazia se esconder entre tantas camadas.

Uma blusa fina de mangas longas, uma camiseta de uma banda qualquer, outra blusa de mangas longas porém mais larga, um moletom velho do seu irmão mais velho — que iria para para um brechó, mas sua mãe achou que serviria bem em Harry (afinal, um garoto como o ele não deveria usar nada novo, ele não merecia isso, sua mãe assim disse quando ele pediu um moletom que não tivesse pequenos furos nas laterais).

A única coisa que Harry pensava ao andar rápido ao ponto de ônibus, onde — infelizmente — tinha que ir todos os dias para conseguir chegar na escola, é se ele, pelo menos hoje, conseguiria ficar invisível e chegar em casa "bem".

Ele olhou para o céu um pouco tonto, tentando recuperar o fôlego.

Ultimamente ele não estava tendo fôlego para nada, se cansando muito rápido.

E não é por falta de exercícios.

Ele os faz todos os dias, de maneira obsessiva.

Ele também não come nada que realmente alimente alguém faz 4 dias.

"Comer significa aumentar de tamanho."

Harry repete isso por uns minutos enquanto espera o ônibus, na esperança que sua mente parasse de exigir que ele coma aquele lanche gorduroso que vendem na cantina da escola.

O ônibus para.

"Finalmente."

Se o ônibus demorasse mais alguns minutos ele com certeza teria que sentar no meio fio para não desmaiar.

Todos os lugares estavam cheios.

Nem todos, na verdade.

O único lugar vazio era na frente de Liam e seu grupo.

Ele poderia evitar esses acontecimentos incômodos pela manhã porém George, seu irmão, provavelmente nunca o daria carona.

Harry, tentando se manter o mais neutro possível, se sentou ao lado de uma garota qualquer e apenas se afundou em suas roupas, fingindo não existir.

Muitos olhares caíram no cacheado e ele notou, se perguntando se era pelo quão esquisito ele era ou pela gordura.

O fato de que ele estava usando roupas demais para a temperatura da cidade nem passou por sua cabeça.

Liam percebeu o incômodo de Harry e cutucou as costelas de Luke com o cotovelo, apontando para o cacheado com o indicador.

Luke fez o mesmo com Louis.

Os três L são apenas uma parte dos pesadelos diários de Harry — não era como se as pessoas em sua casa o tratassem muito melhor do que eles.

Ele só sente um empurrão na cabeça, e sangue escorrer.

Liam havia batido a cabeça dele com força no banco da frente.

Não foi tão forte, mas Harry não tem forças a muito tempo e o ônibus não segue à risca os limites de velocidade.

Todos no ônibus veem, ninguém fala nada.

Harry's DisorderOnde histórias criam vida. Descubra agora