Capítulo 3

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Merda.

Mil vezes merda.

Eu simplesmente não sei o que fazer. É frustrante, é como se toda pressão do mundo fosse colocada num balde e o jorrassem na minha cabeça.

Deixei Alfred sem resposta. Apenas saí de lá e e voltei para o meu quarto. Bruce está aqui também. Não sei em qual momento ele me seguiu e nem sei quando ele chegou aqui, mas sei que ele está.

Sento na cama e abaixo a cabeça, entrelaçando minhas mãos por cima dos meu cabelos. Sinto Banner colocar suas mãos em mim, uma em cada ombro.

- Tony, não se sinta tão pressionado. É uma escolha sua, mas, se quer um conselho, eu tentaria. É uma chance única. É claro, você não o conheceu, mas ele era humanio, você tem a chance de evitar a morte de alguém. Eu sei que você vai fazer isso, Tony. Eu posso te ajudar.

Respiro fundo e inclino a cabeça para trás, tendo uma visão do seu rosto.

- Se eu aceitar, promete que me ajuda?

Ele sorri de canto.

- Sempre.

- Ok...- Respiro fundo. - Se der merda a culpa é sua.

Ele revira os olhos mas não fala nada.

- Tá, vamos voltar. Deixei meu velhote sozinho, coitado.

Voltamos e encontramos Alfred enfrente a porta, ele sorri de canto quando me vê.

- Eu sabia que iria tentar.

- Tá, tá, mas não vai se achando. Só vou tentar porque não tenho nada pra fazer mesmo.- Estendo a mão.- Cadê o negócio?

Ele me entrega o aparelho. Ok, eu vou conseguir.

- Entrem, vamos começar logo. Eu creio que não serão necessários muitos ajustes. - Concordo com a cabeça e eu e Bruce o seguimos ao seu porão.

- Mas uma coisa, Tony. - Alfred se vira e me encara, antes de abrir a porta que leva ao porão. - Não conte para seu pai. Eu não sei como ele iria reagir.

Concordo novamente e entramos em seu porão. Como seu porão é bem grande, é onde eu costumo guardar algumas das minhas tecnologias em sua casa, então não vamos ter tanto trabalho.

Bom, lá vamos nós.

[...]

Porra, duas semanas. Não esperava que fosse ser tão rápido, afinal, é uma máquina do tempo, né? Eu acho, não sei que porra é essa. Enfim, não tem uma definição certa. Vamos chamar de última chance de Rogers.

Estamos no primeiro dia da terceira semana, desde que começamos isso, e concordamos que já está na hora. Claro, eu tô com o cu na mão, mas já não há nada mais a ser feito.

Beleza, vamos aos tópicos.

1: O aparelho parece perfeito. Foram duas semanas, consertamos tudo que achávamos que poderia ser um erro e como eu disse, não tem nada mais que pode ser feito.

2: Meus pais não sabem de nada. Eu conversei com eles alguns dias depois de termos iniciado isso. Bruce me ajudou nisso, simplesmente conversamos com meus pais e falamos que um primo do Bruce tinha feito um curso muito bom sobre tecnologia, e eu falei que queria tentar fazer. Como eu sou adiantado, meus pais não viram problema e assim eu tranquei a faculdade por um tempo. Claro, houveram algumas desculpinhas a mais, como quando eu tive que inventar que era um curso estadual e que por isso o curso só ficava naquele lugar. Como eles não pediram e-mail ou o número desse "curso" (na verdade, eu acho que eles esqueceram, mas é melhor não comentar nada) eu também não disse nada. Caso eles venham pedir, Bruce inventa algo depois.

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