Treinando para matar

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Quando o desfile acabou, fui procurar Jace. Quando o encontrei vieram um monte de pessoas a minha volta, me cercando. Quando elas saíram, Jace havia sumido.
Minha mãe me levou para o quarto no 12º andar, como no trem, era muito melhor do que eu estava acostumada. Deitei e ja dormi.
No outro dia, uma Avox me acorda. Me arrumo e desço para o café. A mesa está montada e Tlastique, Peeta e Lanc já estão sentados comendo. Chego e me sento ao lado de Peeta, que me separa de Lanc, a minha frente 2 cadeiras vazias. Logo uma é preenchida por meu pai que senta bem na minha frente.
-Bom Dia! - ele diz quebrando o silêncio.
- Cadê a mamãe ? - digo
- Ela não estava se sentindo bem -meu pai me respondeu um pouco desconfortável, sabia que ele estava mentindo e pela cara do meu irmão ele também sabia, mas Tlastique e Lanc nem notaram estavam mais interessados no bolo de chocolate que comiam.
Se antes não falava com Lanc, agora definitivamente ele não fala comigo.
Procurei Jace boa parte da manhã só que sem resultado e a outra parte fique treinando com o meu pai o que dizer na entrevista e com a minha mãe técnicas de arco que ela usara na arena.
A tarde fui ao treinamento em grupo, mas antes de sair minha mãe me disse:
- Não mostre seus talentos, eles não sabem que você é boa com as flechas e facas.
Quando cheguei lá, vi que todos os tributos que olhavam para mim. A instrutora falou um monte de coisas sobre a arena e sobre porcentagens, logo ela autorizou a cada um ir em um lugar aprender algo.
Fiquei encostada em uma parede afiando uma faca.
- Não vai treinar, Eveerden? - disse o menino do 1 em som de deboche.
- Eu não preciso treinar, diferente de vocês já nasci pronta - digo a ele - Aliás se eu fosse você ficaria com medo já que minha mãe matou os dois tributos do seu distrito na 74ª e meu pai matou um e minha mãe o outro do 1 na 75ª.
- E você acha que vai me matar, sonha - diz o 1
- Ok. Pense o que quiser mas lembre-se quantos dos seus treinadores foi entrou na arena? E quantos dos meus além de entrarem na arena 2 vezes, lutaram pela independência de Panem, e conseguiram?
Ele ficou quietinho. E saiu de costas rindo. O garoto do 4 chega perto de mim.
- Parabéns, ele precisava de um choque de realidade. Mas ninguém tinha coragem de dar - diz o 4 - Você sabe que tá na lista negra dele?
- Ele que venha, não tenho medo. - digo confiante. - e ... obrigado.
- Por que?
- Por se voluntariar no lugar do Finnick.
- Não precisa me agradecer. O 4 inteiro sabe o que ele e Annie passaram eu só queria ajudar. E alias não ia fazer diferença pra mim mesmo.
- Por que? Morrer não faz diferença?
- Eu iria morrer de qualquer jeito.
- É. Mas talvez daqui 40 ou 60 anos.
- Não Mira tenho apenas 6 messes de vida. Tenho um tumor no cérebro.
- Mas pode ser retirado e você voltaria pra casa rapidinho
- Minha família não tem condição de arcar com os custos da cirurgia e nem o meu distrito tem recursos e somos proibidos de vir a capital.
Nesse momento me senti péssima.
- Mesmo assim obrigada por salvar Finnick.
- Mira, posso te pedir uma coisa? - confirmo com a cabeça - Quando você estiver no 4 para a turnê da vitoria diga aos meus pais - ele parou de falar - para não sentirem pena de mim, e me cremarem e me jogar no mar.
- Por que acha que vou ganhar?
- Ta brincando né? Você é a filha de Katniss Eveerden. Seus pais saíram da arena 2 vezes, seu pai enfrentou todas as torturas da capital e venceu alem de levarem Panem a era de ouro. Está no seu sangue você é uma vitoriosa.
E nesse momento pensei nos papel dourado ao qual tinha meu nome na colheita. Para Panem eu era especial, a salvadora ou a ameaça, mas para mim era igual a todos naquela sala uma peça de um jogo, sendo controlada pelo Snow.

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