A arena

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Estou na arena. Respiro fundo e tento me concentrar. Vejo o arco na cornucópia, eu tenho que alcança-lo no mínimo, e tentar pegar algumas facas. Faltam 10 segundos, 9,8,7,6,5,4,3,2 e 1. Me lanço no chão e corro até chegar no centro da cornucópia pego a arco e uma aljava de flechas, enfio facas no meu bolso e separo uma bolsa de comida.
O 1º carreirista chega e pega uma lança e em um golpe mata 2 tributos ele se vira para mim e eu atiro em sua cabeça e ele cai. Meu objetivo agora é acabar com os carreiristas. Uma menina do 6 entrar no meu caminho correndo de alguém. Ela bate em mim cai no chão e ainda quebra minha unha.
- Não acredito que você fez isso - digo olhando para ela no chão. Pego uma das facas do cinto e lanço no peito dela ela arfa e morre.
Me viro e atiro uma flecha em um menino que planejava atirar uma faca na minha direção.
Uma menina a uns 100 metros mira uma lança. Posso atirar uma flecha, mas devo guardar as flechas por que não conseguirei pegar de volta e posso precisar mais tarde, uma faca não chegaria tão longe. Ela vai lançar, acabo pegando uma flecha e preparo o arco. Mas ele cai pra frente com a boca ensangüentada.
Atras do corpo está Ryler segurando um tridente sujo de sangue. Ele olha pra mim e sorri. Acho que tenho um aliado.
Não há mais nenhum tributo aqui. Todos fugiram para a floresta. Só sobrou eu e Ryler, ele chega perto de mim.
- Vim em missão de paz - ele diz levantando a mão em rendição.
Eu dou risada e ele começa a rir também.
- Eu tenho comida na cornucópia. - digo.
Nos nos escondemos na beirada da floresta enquanto o aeroplanador pegava os corpos. Eu havia tirado algumas armas de alguns corpos.
Eu e Ryler nos ocupamos da cornucópia.
- Você ta com fome? - pergunto
- Um pouco, mas guarde para mais tarde. - responde Ryler.
- Tem certeza? - pergunto.
- Sim - ele diz e sorri.
- O sol está se pondo - digo e corro para a porta da cornucópia - O Laranja do papai, e o verde da mamãe sempre se encontram - começo a chorar. - e eu vou encontra-los de volta e vou ver meu irmãozinho de novo.
- Eu sei que você vai conseguir - diz Ryler atras de mim.
- Eu amo tanto eles, e não demostrava isso. Só brigava com a minha mãe e com o meu irmão. E usava meu pai.
- Mira, tenho certeza que eles sabem disso.
- E Jace não consegui me despedir dele, não dei um beijo de tchau. Finnick deve estar me odiando, mal falei com ele esses dias. Johanna não foi se despedir então não disse adeus pra ela. Não vejo a tia Annie desde que sai do vitorioso. E mal dei bola para o Hamitch.
- Eles sabem melhor do que ninguém o que você esta passando.
Ele me abraça. E seu cheiro me lembra de Finnick. Começo a chorar no seu ombro. Se quisesse me matar a hora seria agora. Mas ele apenas acaricia meus cabelos.
- Você está cansada, pode dormir - Ryler diz.
- Tem certeza? - pergunto
Ele acena com a cabeça em positivo. Eu pego um colchonete e deito no fundo da cornucópia. Logo apago.
Quando abro os olhos Jace está a meu lado. Olho surpresa para ele. Deve ser apenas um sonho.
- Sentiu minha falta? - ele pergunta sua voz é a voz calma que conheço.
- Jace - eu falo e sorrio
- Minha Mi - ele diz e o abraço sinto o calor do seu corpo, talvez seja real
- Eu quero me casar com você - digo e nos beijamos por um longo tempo, quando o ar se faz necessário nos separamos e eu abro os olhos.
-Ryler - digo ao ver os olhos verdes e o cabelo vermelho.
Ele sorri e tenta me beijar de novo. Eu saio correndo até a parte de fora.
- Me desculpe Jace, eu pensei que era você. - digo para o nada esperando que alguma câmera me capture - Eu te amo. Acredite em mim.
Um paraquedas cai do céu direto para a minha mão. Abro e vejo que dentro há um pão. Provavelmente meu pai que fez, pego e sinto o calor da massa recém-saída do forno. Quebro e vejo que dentro há um papel. Puxo e leio. Esta escrito:
" Eu sempre vou te amar. E eu nunca deixei de acreditar em você.
Jace"
Pego o pão ainda quente e o como, ele despenca em meu estômago vazio. Um barulho estrondoso soa no ar. É o hino da capital, estava dormindo quando soou o canhão então terei de ver o numero de mortos agora. Distrito 1 perdeu apenas o tributo masculino, que não se enxergava. O 2 e 3 estão completos. 4 apenas a menina morreu. 5 e 6 ambos morreram. 7 só o menino. 8 completo. 9 perdeu o menino. 10 perdeu a menina. 11 completo e 12 também.
Lanc ainda esta vivo, espero que eu não o mate.
Morreram um total de 9 tributos. Sobraram 15. 13 tirando a mim e ao Ryder. Terei de me livrar deles.
Volto para a cornucópia. Ryder esta sentado no chão comendo algo.
- A menina do seu distrito morreu - digo.
- Eu sei, eu a matei - ele fala como se fosse obvio.
- faltam 13 - digo
- 14 - ele me corrige.
- Tirando você 13 - digo como se falasse com meu irmão.
- Quer? - ele me entrega um cantil. Dentro há sopa e ainda está quente. Em outro há água fresca. E temos frutas.
Bebo a sopa do cantil em silencio. Mas sinto necessidade de falar.
- Me desculpe - digo
- Por que? - ele diz
- Por confundir seus sentimentos - digo.
- Pensei que Mira Mellark só se importava com si mesma.
- Por que pensou isso?
- É o que todos dizem que a fama lhe subiu a cabeça
- Isso não é verdade.
- Você matou uma menina porque ela quebrou sua unha.
- Não me julgue - digo rindo. E nos rimos ate Ryler dormir e eu ficar de guarda.
Assim se passou meu primeiro dia na arena. Mal havia estado ali por 12 horas e já matei 3 pessoas, e quase perdi o amor da minha vida.
A arena é pior do que eu pensava. "Não se sabe quão quente é o fogo, até se queimar".

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