O trem

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Chego ao trem, não falei nada até esse momento e todas as palavras em minha cabeça agora eu havia aprendido com Johanna. E num impulso olhei para aquele manequim falante e perguntei o que ja estava entalado:
-Qual é seu problema, sua vadia. Por que você me escolheu?
Ela me olhou com cara de besta e disse :
-Acho que você ja teve dias melhores queridinha.
- Venha Mira vamos para seu quarto você precisa descasar. - diz minha mãe chorosa. Ela me puxa até a área de dormitórios do trem. Entramos em um quarto destinado a tributos. Nunca estive ali antes era diferente do que eu costumava ficar, era muito melhor. Mas minha mãe não sente a mesma admiração ela senta na cama e chora. Passado quase meia hora de choro ela se reconstrói e fica de pé, eu que estava sentada ao seu lado levanto junto a ela.
- Mamãe está tudo bem. - não a chamo de mamãe desde que tinha 7 anos e também sabia que nada estava bem.
-Não, querida não ta nada bom - ela diz ainda chorando - eu vou matar o Snow isso só pode ser coisa dele tirar a Effie só pra vc entrar na arena.
- A senhora acha que o Finick é um dos tributos?
- Bem provável Mira. O sonho do Snow realizado transformar em pó qualquer chance de rebelião. Colocar você e o Finick na arena é o mesmo que por eu, seu pai, Johanna, Annie e o pai do Finick.
- Então ele quer descontar nos filhos de quem a quase 20 anos foi rebelde?
-Acho que sim.
- Mãe, eu posso ganhar ...
- Eu sei que pode mas é exatamente isso que ele quer fazer com que você e o Finick se matem ou matem outros para os distritos acharem que são monstros.- ela enxuga as lágrimas - durma um pouco meu amor, na hora do janta eu te chamo. E fica tranqüila eu vou te tirar da Arena com vida e com a menor quantidade de aranhões possível.
- Eu sei que vai, por que você sempre será Katniss Eveerden, a garota que pega fogo.
- E como a Johanna diz:" Vamos botar fogo em alguns jardins" - ela abre um pequeno sorriso em meio as lágrimas e sai, me deixando sozinha naquele quarto com a minha sina: lutar no Jogos Vorazes e matar algumas crianças.
Acordo com um barulho na porta e então entra uma fita de luz no quarto e dela já consigo ver os cabelos loiros, primeiramente penso que é meu pai mas percebo que quem entra é menor e não manca. Peeta, meu irmão entra no quarto e achando que eu ainda estou dormindo deita-se ao meu lado.
-Mira, sei que disse que te odeio várias vezes, mas eu não quero te ver morrer. Eu te amo - sussurrou Peeta ao meu ouvido.Jamais pensei em ouvir algo assim do meu irmão. No entanto sabia que era real ele estava até soluçando.
- Eu sei, e bem lá no fundo eu também te amo e sempre, sempre Peeta eu vou te amar. - digo ainda com os olhos fechados.
Sinto um beijo em meu rosto. Algo estranho vindo do meu irmão mas o dia foi tão estranho que isso foi o ponto alto.
- Mamãe mandou eu te chamar pra jantar.
- Ok, ja estou indo. Só vou trocar de roupa.
Ele se levanta e quando chega a porta vira pra trás e diz:
- Se você contar pra alguém o que eu disse, vai ser eu que vai te matar. - ele sai. E dou uma pequena gargalhada, e fico aliviada dele só ter 11 anos por que lutar na arena junto ao meu irmão deve ser horrível.
Ao chegar no vagão principal me deparo com uma mesa farta e colorida. Tirando eu e Peeta o vagão está vazio, mas logo Tlastique chega junto com o tributo masculino e meus pais entram logo em seguida. Todos nos sentamos e começamos a comer, como estava sem apetite mal comi uma prato de salada, e pelo jeito meus pais também não estavam com fome, ja Peeta comeu e comeu até chegar a sobremesa e ele se lambuzar de chocolate. Talvez esse seja o jeito dele de lidar com as coisas.
Depois do jantar. Fui obrigada a ver os vídeos dos meus "concorrentes" ao mostrar a colheita do 4 fico apreensiva, mas quando o homem mal encarado tira o papel dourado da cúpula masculina alguém no meio do mar de gente que ali estava se oferecia como tributo. Ele era em pontos parecido com meu amigo Finick mas ao invés da pele branca era bem bronzeado, provavelmente por conta do sol, seu nome era Ryler. Depois de descobrir o nome dele, fiquei intrigada com o nome do meu colega de distrito e descobri que era Lanc. Lanc tinha olhos cinzas como o da minha mãe, e cabelos ruivos, o que é meio raro no 12, tinha um corpo forte por causa das minas eu acho. Ele não sorria, não falava e não expressava nenhum sentimento.
Depois disso foi me deitar. Troquei de roupa, e sentei na cama. Pensei que ia demorar para dormir, por que além de ter dormindo durante metade da tarde e estava com a cabeça á mil, porém quando deitei na cama apaguei, como se tivessem me desligado.

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