Que os jogos comecem

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Mal levantei da cama e minha Avox entra no quarto. Minha mãe vem logo atras.
- Chego a hora - ela diz seria.
- Eu sei - digo.
- Vamos - ela fala e se vira para a porta.
- Eu estou de pijama ainda. - digo.
- Estamos na Capital, ninguém vai se importar e outra sua roupa está na sala de lançamento. - ela fala.
Saímos e eu me cubro com o roupão. Meu pai não está.
- Onde está papai? - pergunto ainda andando.
- Foi com Lanc, esqueceu que somos seus mentores? - ela diz e sorri. Já havia me esquecido sim, alias ela sempre ignora Lanc.
Não respondo. Mas continuo a seguindo.
Subimos no aéreoplanador e vamos para a área de lançamento.
Descemos em um lugar de teto baixo e eu e minha mãe seguimos junto a 2 pacificadores por um corredor estreito. Mas apenas minha mãe entra comigo pela porta com o numero 12 escrito. Dentro é uma sala pequena, tem apenas uma cadeira, uma arara com uma roupa no cabide e um tubo de vidro.
Minha mãe me ajuda a me trocar, coloco um macacão preto grudado a pele, um casaco verde e uma sapatilha de borracha.
Minha mãe tira o broche do bolso e o põe no macacão, no meu peito esquerdo.
- É tão difícil fazer isso - ela diz depois de tanto silencio.
- A senhora pode ficar com ele eu não me importo. - digo.
- Não estou falando do tordo Mira -ela diz e suspira - Sabe o que eu mais amo no Jace? Que ele é um vitorioso ou seja se você tivesse se casado com ele mesmo a dor de te-lá perdido seria saciada por te ver todos os dias. - ela para chora e continua - Agora eu estou te entregando para uma possível morte. E não há nada que eu possa fazer para livra-lá disso.
- Mamãe, você fez o que podia - digo chorando ao seu lado.
- Mira - ouço o grito e o aperto em minha cintura, é Peeta meu irmão.
Abraço ele de volta e começo a chorar de verdade. Meu pai entra logo atras dele e me abraça, espremendo Peeta entre nos, seu rosto branco está vermelho de tanto chorar.
Meu pai e meu irmão se afastam de mim. Minha mãe me senta na cadeira e prende meu cabelo em uma trança. Me levanto e olho no relógio faltam 10 minutos para mim ter de entrar no tubo.
A portas se abrem violentamente e Finnick entra na sala. Ele também está vermelho e me abraça bem forte.
- Você tem de sair de lá - ele diz em meio ao choro. Nunca tinha o visto chorar.
- Eu prometo que vou sair. - digo
Ele me aperta mais forte. Se afasta e sorri.
Jace está logo atras dele, diferente dos outros está sorrindo.
- Mira, preciso falar com você antes que você vá. - ele diz
Aceno em positivo com a cabeça. Ele me leva para um canto e diz:
- Mira é muito difícil falar isso, desculpe ter te feito esperar tanto e falar isso agora - ele diz e uma lagrima brota nos seus olhos. - você quer ...
- Todos os tributos para o tubo - começa uma voz.
- Mira, você tem que ir - diz minha mãe - sinto muito Jace.
Caminho de costa andando em direção do tubo. Entro nele e me sinto claustrofobica.
- Mira - grita Jace - Você quer se casar comigo?
O vidro fecha eu, grito que sim mas ele não me ouve. Uma raiva se espalha dentro de mim enquanto a plataforma aonde estou sobe lentamente. Chego na arena é um lugar bonito, me lembra uma floresta de pinheiros até que percebo, é a arena da 74ª edição. Mas estou zangada demais para comemorar minha vantagem quando meu corpo sai inteiramente do tubo. Eu olho para cima e grito.
- Eu te odeio Snow, vá para o inferno.
Agora é pessoal

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